Por nadedja.calado

Rio - O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou, nesta quarta-feira, 16 suspeitos de integrar a quadrilha de tráfico internacional de armas descoberta em junho deste ano, quando 60 fuzis de guerra foram encontrados pela polícia no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão).

Armas apreendidas no setor de cargas do GaleãoWhatsApp O DIA (98762-8248)

Segundo o MPF, entre 2014 e 2017 os acusados importaram armas ilegalmente 75 vezes. Fuzis, carregadores e munições eram disfarçados nas declarações de importação como aquecedores e bombas de água. Os objetos eram trazidos de Miami, nos Estados Unidos.

As autoridades estimam que, durante três anos, quase 300.000 munições e cerca de 1.000 fuzis com carregadores tenham sido trazidos para o Brasil pela quadrilha. As armas eram compradas por valores entre US$2,5 mil e US$3,5 mil (aproximadamente entre R$7,8 mil e R$10,9 mil na cotação atual) e vendidas por entre R$37,5 mil e R$53 mil.

BarbieriDivulgação

Os denunciados Frederik Barbieri, Ana Cláudia Santos, João Filipe Cordeiro Barbieri, Alexandre Cláudio Duarte Pires, Edson da Silva Ornellas, Mrcus Garrido Lourenço, Cláudio Alves Mendonça, Márcio Pereira e Costa, João Victor Silva Roza, Gil dos Santos Almeida, José Carlos dos Santos Lins, André Callil Assen, Victor Hugo Ferreira dos Santos Cardozo, Francisco Souza Siqueira e Luciano de Andrade Faria são acusados de organização criminosa, tráfico internacional e comércio ilegal de armas de fogo, munições e acessórios de uso restrito. Quatorze denunciados tiveram a prisão preventiva decretada.

As investigações revelaram a existência da quadrilha, chefiada por Frederik Barbieri, que tem dupla nacionalidade (brasileira e americana), sua esposa Ana Cláudia Santos e seu filho João Filipe Cordeiro Barbieri. As armas eram distribuídas a facções criminosas do Rio de Janeiro. 

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