Por karilayn.areias

Rio - O presidente Michel Temer (PMDB) prepara uma agenda positiva para tentar demonstrar que o governo não ficou paralisado após a apreciação da denúncia de corrupção pela Câmara dos Deputados, ontem. Temer planeja inaugurar um parque em São Paulo já na próxima segunda-feira. A ideia é aumentar as aparições públicas pelo país e em eventos internacionais — viagens para Nova York (Assembleia-Geral da ONU) e China (Brics) estão no calendário presidencial do mês que vem.

Após a vitória de ontem, a avaliação de aliados é que, contanto que não surjam novas denúncias, o pior já passou. 

Emendou o voto
Como a coluna antecipou ontem, o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (PMDB-RJ) mudou de ideia e decidiu votar a favor de Temer — a confissão, publicada aqui, fora feita ao ministro dos Esportes, Leonardo Picciani (PMDB).

A verba e o verbo
A liberação de emendas (recursos para que deputados invistam em seus estados) foi determinante para garantir o “sim” de muitos que votaram para livrar Temer. O portal do Ministério da Fazenda poderá explicar vários desses votos.

Cassado
O TRE julgou ontem a cassação de Washington Reis (PMDB), prefeito de Duque de Caxias. Quatro desembargadores votaram pelo afastamento de Reis, um pela permanência, e o último pediu vista. Com isso, embora não haja data definida, Reis será condenado a perder o mandato. Os advogados do peemedebista dizem que ele poderá continuar no cargo enquanto recorre ao Tribunal Superior Eleitoral.

E agora?
O revés ocorre em péssima hora para Reis. Ele planejava aprovar hoje, na Câmara Municipal, um pacote de austeridade à la Pezão.

Benefícios fiscais
A Assembleia Legislativa aprovou, ontem, projeto de lei do governo estadual que permite o retorno de todas as isenções fiscais que foram suspensas em novembro por conta de projeto do deputado Luiz Paulo (PSDB). “Sofríamos com grande perda de empregos. Agora, o Rio fica em condições de igualdade para competir com outros estados. Poderemos dar seguimento a 150 projetos que estavam travados”, avalia Christino Áureo, secretário da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico.

Pediu licença ontem
A informação sobre o fechamento de Clínicas da Família, que o prefeito Crivella se apressou em desmentir, levou à fritura do secretário de Saúde, Marco Antônio de Mattos. “Não tem envergadura para a função”, diz um aliado próximo de Crivella.

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