Por karilayn.areias

Rio - Para embasar a necessidade do reajuste do IPTU no Rio, Marcelo Crivella (PRB) cita o aumento que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende implantar por lá: “A receita per capita de IPTU em SP é hoje em torno de R$ 650, mas com o reajuste de 43% (quer Doria quer sancionar), deve passar de R$ 850. A nossa receita per capita, após aprovada a lei que propomos, será de R$ 439. Quase metade”, diz.

Crivella prevê a aprovação do reajuste hoje, na Câmara Municipal, em uma votação apertada. O governo contabiliza ter 29 ou 30 votos favoráveis. Precisa de 26. 

Panelaço
Vice-presidente da Associação Comercial do Recreio e Vargens, Cláudio Magnavita diz que associações de moradores da região e da Barra da Tijuca farão um protesto no condomínio de Crivella, na Barra, se o projeto não for revisto. “O reajuste é bom em algumas áreas porque promove justiça fiscal. Mas, na Barra, onde o IPTU já é pesado, é uma injustiça fiscal. Imóveis comerciais terão reajuste de até 160%.”

No Planalto
Crivella pegou um avião ontem à noite e estará longe do Rio durante a votação. Segundo fontes, o prefeito foi a Brasília participar da cerimônia de assinatura do acordo de recuperação fiscal entre os governos federal e estadual.

Retorno
De volta à Câmara, a ex-secretária de Assistência Social Teresa Bergher, que votará contra o reajuste do IPTU, diz que de agora em diante terá “postura independente” em relação ao governo. A presidente do PSDB carioca afirma que não integrará nenhum bloco na Câmara e que conversará com Luiz Paulo (PSDB), também integrante da executiva, para decidir se Felipe Michel (PSDB) e Adalmir (PSDB) poderão continuar no bloco ‘Rio de Verdade’, liderado por Michel.

Aliás
O bloco, que já cobiçou a Secretaria de Assistência Social e a Subsecretaria de Esportes, volta a mira para a Comlurb. Ocorre que lá as indicações são de parlamentares com anos de Casa, como Jorge Felippe (PMDB), presidente da Câmara, e Rosa Fernandes (PMDB). E o governo já deu duas diretorias para o deputado estadual Carlos Osorio (PSDB), padrinho político de Michel.

SoHo carioca
Presidente da Fundação Cesgranrio, Carlos Alberto Serpa conseguiu o apoio de entidades privadas para revitalizar o bairro do Rio Comprido. A ideia, que começou a ser discutida no fim do mandato de Paes e agora será levada a Crivella, prevê um polo gastronômico e cultural sob o Elevado Paulo de Frontin.

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