Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, admitiu que soube da invasão de traficantes na Rocinha na madrugada de domingo, mas ele disse que vetou ação na comunidade para "evitar a morte de inocentes". Ele contou que foi consultado pelo secretário de Segurança, Roberto Sá, e pelo comandante da PM, o coronel Wolney Dias, durante a madrugada. Mas preferiu impedir a intervenção.
"Pedi para a gente ter muita cautela porque eu conheço a Rocinha desde a ponta lá no alto até embaixo. O dia que tem mais gente na rua é no domingo. Se a gente reage ali àquela entrada daqueles marginais entrando ali com fuzil seria uma guerra em que morreriam muitos inocentes”, explicou Pezão ao RJTV.
O governador destacou ainda que evitou uma ação no momento em que as pessoas estavam indo para o Rock in Rio. "Temos que ver a hora de entrar [na favela]. Será que na hora de ir para o Rock in Rio seria o melhor momento?", questionou.
Em relação às Forças Armadas, Pezão ressaltou que ainda não há a necessidade de utilizar as forças federais neste momento. "O Bope e o Choque já estão lá desde domingo", completou.
O governador reforçou também que, "se precisar", vai pedir apoio militar. "A gente já usou em três operações. Essas operações têm que ser planejadas. Os militares não querem entrar para ficar como foi no Alemão”, enfatizou.