Por rodrigo.sampaio

Rio - A comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio, voltou a registrar tiros, no fim da tarde desde domingo. Após um dia aparentemente calmo, policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) afirmaram que houve a incidência de um tiroteio, porém, não houve o registro de feridos. 

Após dia tranquilo, tiros foram ouvidos no fim da tarde deste domingoFOTOS%3A MÁRCIO MERCANTE / AG. O DIA

Desde a sexta-feira, a favela é alvo de operação das Forças Armadas com a Polícia Militar. O objetivo é prender traficantes ligados a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que disputam o tráfico local. Na véspera, confrontos entre criminosos, policiais e militares ocorreram na favela e em outros pontos da cidade. Três suspeitos morreram, nove foram presos e pelo menos 18 fuzis foram apreendidos, além de granadas, munições e drogas. 

Na tarde deste domingo, a PM prendeu um homem suspeito de fazer parte do bando de 157. Emanuel Bezerra, de 19 anos, foi capturado em casa, em uma região conhecida como Dioneia. Ele foi encaminhado para 11ª DP (São Conrado). 

Invasões

Nas redes sociais, foram compartilhadas fotos que seriam de casas invadidas ilegalmente por policiais e militares na Rocinha. São imagens de portas arrombadas e casas reviradas, acompanhadas de relatos de supostas agressões verbais e físicas contra moradores e de roubo de pertences pessoais, como celulares e pares de tênis.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse neste domingo que desconhece informações sobre essas invasões: "Eu não tenho informação sobre isso. Estou em contato permanente com muitos moradores que conheço da Rocinha. A PM, com o Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais, o Batalhão de Cães, fica o tempo que for necessário para continuarmos com as apreensões de drogas e fuzis e levar paz àquela comunidade. Ainda tem muita informação que chega ao setor de inteligência", declarou.

Escolas

Por medida de segurança, pelo menos oito escolas, entre públicas e particulares, localizadas na região da comunidade da Rocinha não funcionarão na segunda-feira, por causa da ocupação policial e militar da favela. Cinco escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento infantil (EDI) estão fechadas, deixando sem aulas cerca de 2.500 alunos.

Instituições privadas de ensino situadas nos arredores da comunidade, como Teresiano, Escola Parque e Escola Americana, na Gávea já avisaram que não vão funcionar nesta segunda. A Escola Americana anunciou que as aulas estão suspensas até quarta-feira. 

Com informações do Estadão Conteúdo

Você pode gostar