Rio - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Canal Fechado para desarticular uma organização criminosa que atuava no Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim, na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo a PF, o grupo agia no local há mais de 2 anos e incluía um analista tributário da Receita Federal e três funcionários de uma empresa que presta serviços terceirizados no terminal.
De acordo com a PF, o trabalho dos quatro era permitir o desembarque, sem fiscalização, de pessoas determinadas previamente. Por determinação judicial, o analista tributário foi afastado de suas atividades. Na operação foram cumpridos também dois mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, dois homens que foram presos faziam a cooptação de pessoas para que elas trouxessem mercadorias do exterior. Também organizavam a facilitação da chegada dessas pessoas no aeroporto, para depois receberem e revenderem os produtos importados no mercado.
Ainda de acordo com as investigações, entre os produtos trazidos irregularmente pela organização criminosa estavam telefones celulares, relógios, perfumes e videogames. A PF apurou ainda que entre as pessoas escolhidas anteriormente para trazerem as mercadorias estava um militar do Exército que atuou nas tropas brasileiras que serviram no Haiti.
As investigações começaram em janeiro deste ano, após a prisão de um funcionário da empresa prestadora de serviços no aeroporto. Em abril, um segundo funcionário da mesma empresa foi preso pela PF.
A PF informou que o servidor da Receita Federal foi indiciado pelo crime de pertencimento à organização criminosa e facilitação de contrabando ou descaminho. Os outros dois homens presos foram indiciados por contrabando, descaminho, além de pertencimento à organização criminosa.