Se no Piscinão de Ramos falta estrutura, no de São Gonçalo falta tudo, principalmente, água. Com o governo do estado em ruínas, o Piscinão de São Gonçalo ficará fechado por mais um verão, já que, segundo a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, não há nem previsão para reativar o local, cujo nome oficial é Parque Ecológico da Praia das Pedrinhas. A gigantesca área de lazer que contava com uma piscina pública de água salgada, e chegava a atrair cerca de cinco mil pessoas nos domingos ensolarados, está abandonada e vem sendo depenada. "Era bom. Tinha TV, as rádios faziam shows, a água tinha tratamento. Agora, virou mato. Saquearam tudo. O vigia já não vem há muito tempo. Não estavam pagando o salário dele. Aqui, na época do verão, dava até para arrumar uma gatinha", recorda e lamenta o ajudante da construção civil, Jorge Luiz Tavares Rangel, 34 anos.
Mas, a secura não se restringe ao tradicional piscinão. Áreas recém-construídas, como o Piscinão de Deodoro e os outros 15 equipamentos esportivos da prefeitura que têm atividades aquáticas entram em recesso em 22 de dezembro, dia seguinte à chegada oficial do verão, e só retornam a partir do dia 9 de janeiro. De acordo com a subsecretária de Esporte e Lazer, a decisão de suspender o funcionamento foi das Organizações Sociais que administram os legados olímpicos. A justificativa é de que as OSs vão preparar os espaços para as colônias de férias, que vão de 9 a 29 de janeiro e devem atrair centenas de crianças, adolescentes e idosos. O que pode servir de consolo é o fato de que todas as instalações fiscalizadas pelo CRQ-III tiveram a qualidade da água aprovada. O presidente do CRQ-III, Rafael Barreto Almada, disse que o foco principal da fiscalização era conferir se as empresas que tratam das piscinas públicas estão regularmente matriculadas no Conselho.
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