Alegoria da Grande Rio quebrou na concentração e não desfilou - Gabriela Mattos
Alegoria da Grande Rio quebrou na concentração e não desfilouGabriela Mattos
Por O Dia

Rio - A virada de mesa da Grande Rio e Império Serrano, que tiveram o rebaixamento anulado após decisão da Liesa na quarta-feira, tem gerado polêmica no mundo do samba. A Mangueira, que foi contra a medida, ao lado da Portela, foi taxativa: "uma decisão dessas arranha a credibilidade do evento", declarou o presidente da Verde e Rosa, Chiquinho da Mangueira.

"Tomamos essa decisão porque respeitamos o regulamento. Fui eleito presidente e como tal tenho que dar satisfações aos poderes da minha escola, por isso fui a favor do rebaixamento", esclareceu Chiquinho.

O outro lado, no entanto, era só alegria. Na Grande Rio, o clima entre os diretores era de vitória. "Não tem quebra de regulamento. O coração das nossas coirmãs falou mais alto", comemorou o presidente de honra da escola, Helinho.

Para Aydano Motta, jurado do Tamborim de Ouro, prêmio do DIA para os destaques do Carnaval, a determinação mostra que as escolas consideradas grandes não podem ser rebaixadas. "Eles (os organizadores) tratam o Carnaval como uma grande reunião de condomínio. Não há a menor credibilidade nessa decisão", disparou.

Alberto João, outro jurado do prêmio, acredita que a decisão de manter as escolas beneficia os próprios erros. "Não houve situação excepcional, como seria se uma chuva atrapalhasse o desfile, por exemplo. A Grande Rio tropeçou por causa de suas próprias falhas e não está sendo penalizada por isso".

A Grande Rio conseguiu a aprovação do recurso com base na mesma ação da Unidos da Tijuca, no ano passado, que sofreu acidente com um dos carros. A Tricolor de Caxias teve problemas com uma das alegorias na concentração. Em 2019, 14 agremiações vão desfilar e duas serão rebaixadas para a Série A.

Reportagem do estagiário Gabriel Thomaz, sob supervisão de Claudio de Souza

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