Exposição de carros antigos na Veteran - FOTOS de Divulgação Veteran-RJ
Exposição de carros antigos na VeteranFOTOS de Divulgação Veteran-RJ
Por FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Primeira associação a reunir apaixonados por automóveis antigos no país, o Veteran Car Club do Brasil, do Rio de Janeiro, está fazendo 50 anos. Apesar de cinquentão, a entidade tem combustível de sobra: dobrou o número de associados nos últimos anos e conquistou o gosto até dos jovens colecionadores.

Para comemorar o aniversário em alto estilo, o Veteran fará evento, de 2 a 12 de agosto, no Village Classic Cars, um dos mais tradicionais e glamorosos do setor. "A tendência é de crescimento, pois os mais novos começaram a se interessar pelo hobby. O número de associados já dobrou (hoje são mais de 200)", empolga-se o vice-presidente do Veteran, Fernando Gameleira, que começou sua coleção com um Karmann Ghia (1971) e agora é dono dos raros Corcel GT (1973), Dodge Polara (1979), Galaxie 500 (1968) e um Fusca 74.

O dublador Eduardo Drummond, de 18 anos, prova que o apreço pelos clássicos não atrai mais só 'tiozões'. Ele herdou o amor pelos fora de linhas aos 12 anos, de seu avô, o comediante Orlando Drummond, 98, o Seu Peru, da Escolinha do Professor Raimundo.

"Com meu pai (também Orlando) comprei o primeiro Fusca, de 1970. Atualmente, tenho outro, de 1969, e um Corcel Luxo 1974", detalha Dudu, que exalta novas amizades em encontros pelo país.

Gameleira ressalta que o hobby, apesar de ser caro - um Fusquinha da década de 1960 pode valer mais de R$ 100 mil, por exemplo -, e de reunir personalidades, como Zico e Paulinho da Viola, passou a integrar mais adeptos. A atração se deu a partir do momento que o clube decidiu abrir as portas para qualquer amante de carros antigos, mesmo que o interessado não possua sequer um carro.

O grande ícone do clube é o diretor da entidade e da Federação Brasileira de Veículos Antigos, José Candido Muricy Neto, 84, um dos mais reconhecidos e ativos colecionadores do Brasil. Sua especialidade são as marcas Cadillac e La Salle, divisões da General Motors. "O antigomobilismo é minha vida", destaca.

O presidente do Veteran-RJ, Gustavo Tostes, conta que a parceria com empresas, clubes tradicionais e shoppings tem ajudado a popularizar o fascínio pela atividade. "Eventos mensais no shopping Città América, no segundo sábado do mês, permitem exposições com até 150 veículos. Resgatamos até a Feira de Peças e Miniaturas". Às quartas-feiras, donos de carros antigos se reúnem na Lagoa Rodrigo de Freitas, e na sede do clube, em Higienópolis, na Zona Norte, onde periodicamente há almoços, rallies e outros eventos.

A febre dos modelos antigos pela cidade faz até algumas marcas e carros, como a Jaguar, Corvette, Mustang e Cadillac, alcançarem cotações internacionais. "Os nacionais, porém, têm surpreendido, inclusive com valores acima dos importados", atesta Gameleira. Segundo a diretoria do Veteran-RJ, o clube não abre mão, entretanto, de que todos os veículos participantes de exposições e encontros, tenham peças originais. "É a marca registrada, um mimo especial", justifica Fernando.

Em média, carros nacionais com mais de 30 anos custam até R$ 60 mil. Já os dos anos 50 e importados podem valer até R$ 200 mil. Opala Diplomata, Comodoro, Fusca, Chevette, Maverick, Fiat 147 e Landau, estão entre os mais procurados. A programação completa do evento em comemoração aos 50 anos do Veteran estará disponível no site www.veteran.com.br.

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