Rômulo foi atingido por tiros disparados por bandidos da região - Reprodução / Google Street View
Rômulo foi atingido por tiros disparados por bandidos da regiãoReprodução / Google Street View
Por O Dia

Rio - A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga se a morte de Julio César de Paula, conhecido como Jotinha ou Terrível, de 23 anos, está ligada ao assassinato de Rômulo Farias Silva, de 24 anos. O homem foi morto a tiros, na madrugada deste domingo, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, com um bilhete sobre o corpo: "Vida se paga com vida. Matou inocente morreu também”. O endereço é o mesmo que o funcionário do Consórcio Módulo, terceirizada da Cedae, foi morto na última quarta-feira. 

De acordo com a especializada, a frase escrita com letras vermelhas em um pedaço de papelão foi deixada sobre o corpo, que tinha marcas de tiros, na Rua dos Eucaliptos, em Maria Paula. Segundo relatos de moradores, Jotinha foi condenado e morto por traficantes da comunidade.

Rômulo e um outro funcionário da prestadora de serviços da Cedae foram até o local para desligar o fornecimento de água de um morador inadimplente. No entanto, os dois foram surpreendidos por bandidos e Rômulo foi baleado ao tentar fugir do local de motocicleta. Mesmo ferido, o rapaz conseguiu pilotar o veículo por mais 300 metros e caiu. De acordo com parentes do jovem, eles chamaram o Corpo de Bombeiros. 

Demora no socorro pode ter custado a vida de jovem

Uma testemunha contou que, ao chegar ao local, um bombeiro disse que não poderia fazer o resgate, alegando estar sem ambulância e sem equipamento adequado. E mais: teria dito que só entraria na comunidade com a PM. Houve bate-boca, e o bombeiro decidiu acionar a Polícia Militar.

Minutos depois, PMs, em duas motocicletas, chegaram ao local. Uma nova discussão ocorreu, e um policial militar teria dito que não poderia fazer nada, pois "não tinha condições de prestar auxílio naquele momento". A testemunha, então, se prontificou a buscar Rômulo dentro da comunidade. Nem isso fez com que o Corpo de Bombeiros levasse o rapaz ao hospital. No bate-boca, o bombeiro deu voz de prisão para a pessoa que tentava salvar Rômulo.

Procurados pelo DIA, a PM declarou que não omitiu socorro ao técnico que trabalhava para a Cedae. O Corpo de Bombeiros disse que “não houve omissão (de socorro) e falta de equipamentos”.

 

 

 

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