Hospital da Polícia tem dois psicólogos para atender a corporação - Sandro Vox / Agência O Dia
Hospital da Polícia tem dois psicólogos para atender a corporaçãoSandro Vox / Agência O Dia
Por NADEDJA CALADO

Rio - Após a determinação da Intervenção Federal de reavaliar PMs afastados por questões de saúde mental por falta de agentes nas ruas, a Polícia Militar divulgou que os policiais reavaliados receberão acompanhamento psicológico. O mutirão começa na próxima segunda-feira, e os policiais afastados das ruas por questões psiquiátricas serão examinados juntas de saúde compostas por médicos oficiais da PM e das Forças Armadas. Após o exame, eles serão encaminhados para o Programa de Acolhimento e Promoção de Saúde Mental para Policiais Militares.

A PM divulgou ainda que devem ser feitas em torno de 30 avaliações por dia, e o processo será concluído até o fim do ano. "Desse grupo de três mil policiais, cerca de 80% estão afastados do serviço por Licença de Tratamento Saúde (LTS) expedida pela área de psiquiatria. O grupo restante está classificado na categoria Apto C, ou seja, policiais que não podem portar armas, mas estão liberados para desempenhar funções administrativas", explica a nota da PM.

As juntas médicas serão instaladas na Seção de Perícia Médica, em Sulacap, Zona Oeste do Rio, e os psicólogos que os atenderão depois estarão de plantão no mesmo local. A PM garantiu que os agentes que precisarem terão acompanhamento psicológico permanente, e serão encaminhados para o ambulatório de psicologia mais próximo de casa. O programa prevê também a criação de oficinas de terapia ocupacional.

Na última quarta-feira, foi publicado o decreto do interventor federal, general Braga Netto, no Diário Oficial do Estado, determinando a reavaliação. O Gabinete de Intervenção justificou a medida dizendo que houve um “aumento considerável” no número de afastamentos por questões de saúde relacionadas à psiquiatria de agentes da Corporação. Ainda de acordo com o Gabinete, “a Diretoria Geral de Saúde (DGS) se encontra no atual momento com déficit de oficiais médicos psiquiatras, o que dificulta o processamento de inspeções de saúde e renovações de licenças para tratamento de saúde”.

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