Fuzis customizados foram apreendidos com suspeitos de integrar quadrilha que vendia armas para o tráfico - Divulgação / Arquivo
Fuzis customizados foram apreendidos com suspeitos de integrar quadrilha que vendia armas para o tráficoDivulgação / Arquivo
Por O Dia

Rio - Policiais da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com o apoio da Inteligência do Exército Brasileiro, realizaram uma operação nesta segunda-feira e prenderam mais quatro pessoas apontadas como integrantes de uma quadrilha que fornecia armas para traficantes de drogas de favelas de Bangu e outras regiões do Rio.

A operação de hoje contou com a utilização de veículos blindados e aeronaves, e diversos mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na Vila Aliança e na Coréia, na Zona Oeste. Os presos são Marcelo da Silva Sales, conhecido como Marreco, Leiz da Silva Rodrigues, Valéria Simone de Oliveira de Almeida e Caroline Silva Campelo Sampaio. 

A ação é um desdobramento de uma outra operação, ocorrida em outubro de 2017, quando foi preso o sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, 46 anos, conhecido como Soldado ou Professor, considerado o maior armeiro do tráfico de drogas do Rio, e outras três pessoas. Na ocasião foram apreendidas sete fuzis, sete pistolas, munições, grande quantidade de equipamentos e peças para manutenção de armas de fogo dos criminosos.

A investigação conduzida pela Desarme, que teve o apoio da Promotoria de Investigação Penal de Bangu, mostrou que o grupo, chefiado pelo militar Carlos Alberto, realizava a manutenção e a venda de fuzis para narcotraficantes da facção que domina a venda de drogas nas favelas da Vila Aliança e da Coréia.

Segundo as investigações, o sargento do Exército ganhou a confiança dos chefes do tráfico utilizando ferramentas de ponta e equipamentos de última geração, como tornos mecânicos e fresadeiras para realizar serviços de conserto, manutenção, modificação e customização de fuzis, incluindo pinturas sofisticadas de camuflagens no armamento.

No decorrer da investigação também foi identificada a empresa responsável por realizar a pintura dos fuzis dos traficantes, no interior da Favela da Coréia, que customizava as armas por meio de pinturas eletrostáticas. No ano passado o grupo chegou a montar uma oficina clandestina de manutenção de armas de fogo na Rocinha dias antes de ter início a guerra entre duas facções que levou o terror a São Conrado.

A investigação flagrou criminosos se deslocando constantemente entre diversas favelas dominadas pela mesma facção criminosa, como Morro do Dendê, Vila dos Pinheiros, Serrinha, Parada de Lucas, Vila Aliança e Coréia.

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