Por O Dia

Rio - O imbróglio envolvendo os barracões das escolas de samba da Série A ganhou mais um novo capítulo: em reunião com a Liga das Escolas de Samba do Rio (Lierj), o presidente da Riotur, Marcelo Alves, vetou o uso de um terreno na Avenida da Brasil pelas agremiações. O local já estava abrigando a escola Alegria da Zona Sul, que agora está sem espaço para colocar as alegorias, e era a esperança da Lierj para a montagem da folia.

A promessa era remanejar as escolas para um terreno na Avenida Presidente Vargas, mas também não poderá ser usado, pois não atendeu a demanda de metragem de 10 mil metros quadrados. O espaço na Avenida Brasil foi descontinuado por ordem judicial, que determinou a instalação de um condomínio do Minha Casa, Minha Vida.

"Embora tenha ciência da gravidade do problema, porém, não foi dado um prazo para o caso ser solucionado e nem um plano alternativo para que as agremiações pudessem, ao menos, iniciar as atividades visando o Carnaval de 2019", explicou a Lierj.

Com a desistência dos dois espaços e sem previsão de solução, a prefeitura estuda ainda a hipótese de abrigar as agremiações no Terreirão do Samba, ao lado da Sapucaí. No entanto, por nota, a Riotur informou apenas que "segue em busca de um terreno", e que "não mede esforços para solucionar a questão, que vem sendo postergada por gestões anteriores".

Nos últimos meses, cinco das 13 escolas do grupo foram despejadas de seus barracões na Zona Portuária, e outras três correm o mesmo risco. As agremiações não têm um local alternativo para levar os materiais.

Para o presidente da Alegria da Zona Sul, Marcos Vinícius, o cenário para as agremiações é de penúria. A escola foi despejada há dois meses, e mais uma vez está sem rumo. "Não temos como colocar as alegorias na quadra da escola. Se a Riotur não resolver, é praticamente inviável o Carnaval da série A. Vejo como uma guerra do prefeito contra o samba", criticou.

A maior parte dos barracões da Série A foi removida por ordem da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), que informou que as estruturas têm risco de queda, verificado pela Defesa Civil. Outros imóveis são privados.

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