Clínica da Família e Vila Kosmos
 - Divulgação / Prefeitura do Rio
Clínica da Família e Vila Kosmos Divulgação / Prefeitura do Rio
Por O Dia

Rio - A greve dos médicos da Atenção Primária, iniciada nesta quinta-feira, adquiriu a adesão de cerca de 800 profissionais. O atendimento nas Clínicas da Família da cidade está restrito a pacientes com quadros de saúde de urgência, segundo o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ).

A paralisação é por tempo indeterminado e presencial, ou seja, os médicos continuam nas unidades, mas apenas metade dos grevistas trabalham. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), todas as clínicas estão em funcionamento, e mesmo nas unidades onde haja ausência de profissionais, os serviços prioritários estão mantidos, como consultas de pré-natal, atendimento a doentes crônicos e casos graves.

Conforme adiantado ontem pelo DIA, o Sinmed-RJ busca pressionar as autoridades contra o corte de 239 equipes da Atenção Primária, o atraso de salários e a redução de R$ 725 milhões no orçamento da Saúde para o ano que vem.

Diretor do sindicato, Alexandre Telles afirmou que não falta disposição para o diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde. "A paralisação está sendo bem-sucedida, com grande adesão. Nós já começamos a negociação com a secretaria", explicou. A respeito do atendimento dos pacientes, Telles disse que o sindicato "tem responsabilidade com a população" e que todos estão passando por avaliação médica antes de serem dispensados ou atendidos no local.

Médica da Clínica da Família da Rocinha, Carolina Toffol contou que ontem, a maioria dos pacientes foi atendido, e os moradores da comunidade apoiaram os grevistas. "Os médicos que não trabalharam fizeram organização do atendimento, conversaram com a população, é uma causa justa".

Segundo o Sindmed-RJ, uma reunião deve acontecer na próxima semana com a secretária de Saúde Beatriz Busche, e no dia 12 há uma audiência marcada no Tribunal Regional do Trabalho. "No entanto, nos preocupa a posição autoritária da Casa Civil, que não dialoga nem com profissionais e nem com pacientes sobre a redução de equipes".

Em nota, a SMS informou que trabalha junto a Secretaria de Fazenda para regularizar os salários atrasados, mas que depende do caixa do Tesouro Municipal.

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