Rio - O Ministério Público do Rio, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Polícia Civil, realizam, nesta segunda-feira, a Operação Parasito. O objetivo é desarticular quadrilha que recebia propinas para não reprimir o transporte alternativo no Estado do Rio. Nove dos 12 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, e a operação contou também com 11 mandados de busca e apreensão.
De acordo com o MP, a investigação revelou que parte dos denunciados, composta por fiscais do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro), motoristas e outros, recebeu por diversas vezes propina para não reprimir o transporte clandestino de passageiros por vans e mototáxis.
Já outra parte atuava no transporte alternativo irregular e praticava os crimes de corrupção ativa, tanto de agentes do Detro, quanto de policiais militares lotados em órgão de fiscalização rodoviária. Todos faziam parte da organização criminosa.
O bando possuía três chefes, segundo as investigações: os denunciados José Luiz Damaceno Capilla Júnior, o Cappila; Rafael da Silva Petra, o Petra; e Douglas da Silva Pereira. Eles eram os tomadores de decisões e responsáveis por reprimir o transporte irregular. Entretanto, apesar de atuarem como fiscais do Detro em São Gonçalo, recebiam propina para não reprimir o trânsito de veículos ilegais vinculados ao esquema criminoso.
Também integravam o esquema, segundo o MP, Paulo Vítor Barbosa Evangelista, Eduardo Fraga Marques, André Toledo Martins Júnior, o Russinho; Alexandre Mota de Assis, o Ratinho; Carlos Henrique da Silva Venturini, Marcos Pires Nunes, Daniella Araújo Silva, Róbson da Silva Azevedo e André de Abreu Mota.
Ainda de acordo com o MP, várias conversas interceptadas entre os denunciados tratam do pagamento de valores indevidos. Investigadores conseguiram, inclusive, colher imagens do encontro de fiscais para receber propina paga por motoristas de vans e lotadas. Eles foram denunciados por constituir organização criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa.