MP pede ainda a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos dos citados na ação - Severino Silva / Agência O Dia
MP pede ainda a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos dos citados na açãoSeverino Silva / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - A Procuradoria Geral da República pediu, nesta segunda-feira, a manutenção da prisão preventiva do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. No documento, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresenta contrarrazões a um recurso da defesa de Pezão, que solicita a revogação da prisão ou substituição por medidas cautelares.

Raquel Dodge cita que as investigações revelaram elementos que reforçam a necessidade das medidas cautelares e manutenção da prisão do governador. Como exemplo, a descoberta de que integrantes da organização criminosa se articulavam para destruir provas, fato que, inclusive, levou à prisão, há uma semana, do advogado Tony Lo Bianco. Outro fato mencionado foi a constatação, por parte dos investigadores, de que Luiz Fernando Pezão estaria ferindo a ordem cronológica de pagamento de dívidas públicas na execução orçamentária do Estado.

"Tem-se, desse modo, pagamento de dívidas públicas por contratos, inexistentes, no desfecho de uma gestão marcada pela segregação e/ou afastamento de diversos atores do Poder Executivo, Poder Legislativo e Ministério Público, bem como ambiente empresarial, cuja única forma de impedir que ilícitos desta gravidade se acentuem ao final do ano é a continuidade da prisão do agravante Luiz Fernando de Souza – Pezão e demais membros de sua organização”, finalizou a procuradora-geral.

A prisão

Pezão foi preso em 29 de novembro, juntamente com outras sete pessoas, no âmbito da Operação Boca de Lobo, que apura corrupção de lavagem de dinheiro por parte de uma organização criminosa que atua há anos no Rio de Janeiro. A estimativa dos investigadores é que, desde 2007, o governador tenha recebido R$ 39,1 milhões (valores atualizados) em vantagens indevidas.

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