Rio - A Guarda Municipal do Rio recebeu nesta segunda-feira parte de um montante de mil pistolas de eletrochoque que serão utilizadas pelos agentes em ações nas ruas. A arma não letal, modelo Spark Z 2.0, dispara dois dardos capazes de neutralizar a pessoa, sem causar lesão permanente ou morte.
"Com essas armas não letais, a Guarda Municipal recebe um instrumento muito importante para a ordem pública. Eu espero que seja sempre um instrumento de persuasão. As pessoas aos verem, se comportem. É assim que todos os países fazem seus arsenais. Espero que nunca seja usada, mas se for necessária, que seja usada para o bem da população", disse o prefeito Marcelo Crivella, durante a entrega dos equipamentos.
A pistola, segundo a corporação, tem inovações tecnológicas que tornam o dispositivo ainda mais eficaz e seguro, como lanterna de Led para uso em operação noturna e conexão wi-fi, possibilitando a transmissão de dados sem uso de cabo entre a arma e o datakit, que pode coletar informações de 100 unidades de uma só vez. Essa transmissão é feita para saber quando e quem efetuou o disparo da pistola.
Em outubro deste ano, a Guarda Municipal adquiriu mil pistolas de eletrochoque, no valor de R$ 9,4 milhões. Outras mil armas serão compradas no ano que vem.
Mais de 3 mil capacitados
Atualmente, 3.474 guardas de um efetivo de 7,3 mil estão capacitados a utilizar instrumentos de menor potencial ofensivo, incluindo a pistola de eletrochoque. Além da arma, os agentes já utilizam lançadores de balas de borracha e de emissão de gás lacrimogêneo, e granadas de efeito moral.
Em abril de 2018, decisão da Justiça derrubou liminar de setembro de 2013 que proibia o uso da taser (pistola de eletrochoque) e o spray de pimenta. Segundo a Guarda Municipal, de 2009 a 2013, quando foi utilizado o taser, foram efetuados somente três disparos fora de treinamento, sem registro de dano.