Operação contra a milícia tem o apoio das Forças Armadas - Divulgação
Operação contra a milícia tem o apoio das Forças ArmadasDivulgação
Por O Dia

Rio - Uma megaoperação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ) busca cumprir 118 mandados de prisão e 298 de busca e apreensão contra uma milícia que domina a Zona Oeste da cidade. A Operação Heracles conta com mais de 500 agentes, tem o apoio de 1.700 militares das Forças Armadas e da Força Nacional, e se concentra em Jacarepaguá, Santa Cruz, Campo Grande e em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Foram cumpridos 21 mandados de prisão, seis deles contra pessoas que já estavam presas. 

A operação mira na quadrilha comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, que, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), segue aumentando seus territórios no estado através de chefias intermediárias, responsáveis pelo gerenciamento em comunidades da Baixada e da Zona Oeste, como a do Aço, do Rodo, de Antares, de Três Pontes, em áreas de Paciência, entre outras.

Ecko é apontado como o líder da maior milícia do Rio e há uma recompensa de R$ 10 mil por sua captura - Divulgação

Também estão nesse escalão ajudantes de ordem direta de Ecko, como Vagner da Silva e Aguimar Barbosa Gomes. Outros denunciados procurados atuam em sua maioria na função de braço armado do bando, praticando pessoalmente as extorsões a comerciantes e também atos de violência e ameaças contra desafetos e vítimas do esquema.

Ainda segundo o MP, a milícia de Ecko opera com extorsões semanais de comerciantes e moradores, sendo o mais comum a extorsão mediante a cobrança de "taxas de segurança" dos comerciantes, vendedores ambulantes e moradores. Quem se recusa a pagar sofrem com "consequências diversas, que incluem a prática de violência física e homicídio", diz o documento. Com essas ações, controlam bairros inteiros.

Somente das Forças Armadas são empregados 1700 militares, com o apoio de meios aéreos, blindados e mais de 160 viaturas das Forças Armadas. Segundo o Comando Conjunto da Intervenção, são realizados ações de segurança aproximada, isolamento e vasculhamento, a fim de proporcionar condições necessárias para que a Policia Civil possa cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão.

As Forças Armadas informaram que atuam em mais de 20 bairros da capital, nas zonas Norte e Oeste: Santa Cruz, Sepetiba, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Campo Grande, Santíssimo, Senador Camará, Bangu, Realengo, Recreio, Jacarepaguá, Taquara, Praça Seca, Deodoro, Parque Anchieta, Campinho, Osvaldo Cruz, Rocha Miranda, Cascadura, Piedade, Pilares e Quintino. Não há interferência nas operações dos aeroportos.

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