Valeria (à dir.) e Daniela tiraram foto com a estátua de Drummond  - Alexandre Brum / Agência O Dia
Valeria (à dir.) e Daniela tiraram foto com a estátua de Drummond Alexandre Brum / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - Várias são as razões que levam turistas a se apaixonarem pelo Rio. Porém, o que mais prende os visitantes na Cidade Maravilhosa é o fator solar. Segundo o diretor do Sindicato dos Hotéis do Rio (SindHotéis), José Manuel Caamaño, em torno de 15% dos hóspedes que vieram curtir o Réveillon estenderam a permanência por causa do sol. "Não fizeram check out na data marcada, prorrogaram a hospedagem por mais dois dias, alguns até quatro".

As praias da Zona Sul têm ficado lotadas de dia e, no fim da tarde, milhares de pessoas ocupam as pedras do Arpoador para contemplar o maravilhoso pôr do sol. Segundo a prefeitura, este ano os turistas foram maioria, inclusive, na virada do ano, em Copacabana. Do público estimado em 2,8 milhões de pessoas, pouco mais da metade era de turistas, sendo 155 mil estrangeiros e 1,3 milhão de outros estados do Brasil, com destaque para São Paulo e Minas Gerais.

Paulo e Denise (acima) estão hospedados em frente à praia de Copacabana, que vive lotada (abaixo, à esq.); Gisela Pintus fez selfie e elogiou cariocas - fotos Alexandre Brum / Agência O Dia

A professora Gisela Pintus é uma das que se recusa a voltar para São José dos Campos (SP). Ela desembarcou no Rio em 28 de dezembro, deveria ir embora na sexta-feira, mas resolveu esticar até hoje. Na quinta-feira, ela fazia selfie na Avenida Atlântica. Mas por que a professora não quer ir embora? "O humor das pessoas. O calor gostoso da natureza. Isso amarra a gente aqui."

Paulo Braga Pinto, 47 anos, e a mulher Denise Carolina Silva, 37, mineiros de Belo Horizonte, se instalaram em uma suíte no 10º andar de hotel na Av.Atlântica, no Lido. A vista é privilegiada para o mar, mas os planos do casal não eram restritos à contemplação. "Quero saltar de parapente ou asa delta e dar uma volta de stand up", revelou Paulo. Apesar de gostar de atividades esportivas, Denise queria mesmo é pegar um bronze na praia. "Ficar uns dias sem ouvir choro de bebê!", confessou a mãe de trigêmeos.

Valéria Silva, 35, e a colega Daniela Praxedes, 42, vieram de São Paulo, capital, e aproveitaram para tirar foto com a estátua de Carlos Drummond de Andrade. "Gosto das praias, do clima, do espírito carioca, do modo como as pessoas daqui curtem a vida", derreteu-se Daniela. Valéria classificou a atmosfera festiva da cidade como sedutora. "Você se contagia pelo clima e se rende ao encanto dos cariocas."

A taxa média de ocupação hoteleira atingiu 85%, superando os 51% registrados no mesmo período no ano passado. Pesquisa divulgada pelo SindHotéis Rio revela que a maior demanda foi registrada no Flamengo, com 91% de ocupação, seguida por Ipanema e Leblon, com 89%, e outros bairros da Zona Sul da capital. Na Barra da Tijuca, 87% dos quartos foram reservados. De acordo com o SindHotéis Rio, pela primeira vez a Barra da Tijuca tem maior procura que Copacabana, que, até o momento, está com 85% de ocupação. Na região central da cidade, as reservas alcançaram 79%.

Os turistas vieram por terra, mar e ar. Segundo o Píer Mauá, 20 mil visitantes chegaram à cidade em transatlânticos, o que corresponde a um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. A Rodoviária Novo Rio informou que 700 mil pessoas desembarcaram nos terminais entre o Natal e Réveillon. Índice 5% superior a 2017. No Aeroporto Santos Dumont, o movimento foi levemente superior ao do ano passado, apenas três mil passageiros a mais. Entre 17 de dezembro de 2018 e hoje, 540 mil passageiros chegaram a saíram do Rio pelo Santos Dumont.

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