Enterro daj ovem Marina Silva, que morreu após ser atingida por uma bala perdida dentro de casa, na comunidade da Palmeirinha - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Enterro daj ovem Marina Silva, que morreu após ser atingida por uma bala perdida dentro de casa, na comunidade da PalmeirinhaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por *Felipe Rebouças

Rio – O corpo da jovem Marina Silva, de 22 anos, foi sepultado na tarde desta sexta-feira no Cemitério do Catumbi, na região central da capital. Cerca de 25 familiares e amigos se despediram da vítima, mãe de dois meninos, de 1 e 4 anos de idade. Na noite desta quinta-feira, por volta de 19h, ela estava preparando um café na cozinha de casa, na comunidade da Palmeirinha, em Guadalupe, quando um projétil atingiu sua cabeça. A polícia informou que não havia operação na hora do incidente.

"Só mais uma, virou estatística. Quem será o próximo?", questionou atônita Cintia Mesquita, de 43 anos, sogra da vítima, que cuidará dos filhos de Marina a partir de agora. O pai de uma das crianças, filho de Cintia, morreu aos 20 anos vítima de um infarto fulminante. "Agora vamos seguir, juntar forças e seguir", disse ela.

Segundo familiares, Marina estava com a mãe, os irmãos e os dois filhos, quando começou um tiroteio na comunidade. Uma bala atravessou a janela da residência e acertou a cabeça da vítimas, que desabou nos braços da mãe. Em seguida, parentes a colocaram numa moto na tentativa de levá-la ao hospital. No meio do caminho, policiais que realizavam patrulhamento na Rua Gonçalves Lima, em Marechal Hermes, viram moradores socorrendo a jovem. Os PMs levaram a vítima para o Hospital Estadual Carlos Chagas, mas ela já chegou morta à unidade.

De acordo com Delegacia de Homicídios (DH), responsável pela investigação do caso, foi instaurado inquérito policial, ainda ontem, dia da morte de Marina, para apurar as circunstâncias do caso. "Equipes da DH realizam diligências em busca de testemunhas e imagens que possam ajudar nas investigações. Perícia de local realizada. As investigações estão em andamento", informou a especializada em nota.

"Por isso que eu só vou na favela para dormir. Só assim para entrar e sair de lá viva!", exclamou uma pessoa presente no enterro, que não quis se identificar por motivos de segurança. "Lembrem por favor que ela era uma menina muito boa, do bem. Muito alegre, sempre pra cima", afirmou a sogra de Marina.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes

 

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