Rio - Um ato na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio pediu a preservação do local na manhã deste sábado. Um abraço coletivo foi organizado pelo biólogo Mário Moscatelli contra o que consideram como descaso em relação à lagoa.
No dia 21 de dezembro, a Comlurb retirou 21,8 toneladas de peixes mortos do lugar. A Secretaria de Conservação e Meio Ambiente informou que a morte dos peixes ocorreu em decorrência da proliferação de cianobactérias e fitoplânctons, presentes no sensível ecossistema da Lagoa, que possuem ciclo de vida rápido, se proliferam com as altas temperaturas e ao morrer consomem oxigênio.
De acordo com o último boletim de gestão ambiental da Lagoa, o estado para a preservação de vida aquática é crítico, com níveis de oxigênio próximos a 0.
De acordo com Moscatelli, há três fatores principais para o desequilíbrio da Lagoa: lançamento de esgoto, entupimento do Canal do Jardim de Alah e o Padrão climático, segundo ele, cada vez mais agressivo.
O biólogo cobra a reinstalação do sistema de monitoramento da boca de saída das galerias de águas pluviais, que já existiu e deu certo, mas, ele lembra, foi removido por brigas políticas, promoção de uma campanha com drones nas galerias de águas pluviais visando identificar quem é que está lançando esgoto e neutralização dos lançamentos e manutenção mecânica e manual da desobstrução permanente do Canal do Jardim de Alah para garantir a troca d'água.
"O Canal do Jardim de Alah estava quase que completamente assoreado abaixo da avenida Delfim Moreira", escreveu.
"Isso é o que se pode ser feito de imediato para evitarmos novos desequilíbrios", escreveu em publicação em uma rede social.