Os taxistas Rose Santos e Edivaldo Araújo    - Divulgação
Os taxistas Rose Santos e Edivaldo Araújo Divulgação
Por O Dia

Rio - O prefeito Marcelo Crivella entregou, nesta sexta-feira, 200 novas autonomias de táxi a motoristas que trabalham há vários anos como auxiliares. O critério usado pela Prefeitura foi o maior tempo de atuação como taxista. Muitos dos homens e mulheres beneficiados pela concessão esperavam por isso há quase duas décadas. 

"É importante que vocês saibam que o Rio está mudando para melhor. E a concessão da autonomia a motoristas auxiliares que estão há anos na profissão, aguardando na fila, faz parte desse processo", disse Crivella, que fez questão de entregar a cada um, nominalmente, ao lado da secretária municipal de Transportes, Virgínia Salerno, o documento que representa a autonomia e o direito de ter o seu próprio táxi e de deixar de pagar diária. 

Edivaldo Ferreira de Araújo foi o primeiro a receber sua autonomia na solenidade desta sexta, no Palácio da Cidade, em Botafogo. Com 17 anos como taxista, ele foi um dos 10.068 auxiliares que fizeram o recadastramento, de 16 de abril a 31 de julho de 2018. Pela primeira vez o procedimento ocorreu de forma presencial, e isso garantiu efetividade e transparência ao processo, além de evitar falhas cadastrais. 

"Estou muito feliz recebendo essa autonomia. E agradeço a todos que um dia me propiciaram a chance de ser taxista. É um dia especial para mim", comentou. 

Rose Viana dos Santos, taxista há 14 anos, recebeu a autonomia logo depois de Edivaldo."Sou mãe de dois filhos, e a gente sabe que a vida está difícil. A autonomia é uma vitória na minha vida. Saber que eu terei meu próprio táxi. Fica muito melhor tendo sua própria autonomia, estou muito feliz mesmo", afirmou. 

Outra beneficiada pela decisão do prefeito, Márcia Pereira contou o que significa para ela deixar de pagar diária para dirigir um táxi: "Receber minha autonomia é como conquistar minha independência financeira e profissional. Isso para mim é muita coisa", disse a taxista, há 12 anos na profissão. 

O Diário Oficial do Município publicou, na edição do dia 10 de janeiro, decreto do prefeito, de número 45.617, que dispõe sobre a concessão das autonomias aos taxistas. Em seus artigos 2º, 3º e 4º, o texto determina que 10% fiquem reservados a motoristas com deficiência (conforme artigo 119 da Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015); outros 10% sejam para motoristas mulheres e outros 10% para auxiliares que tenham como dependentes econômicos pessoas com deficiência. Em todos os casos, o critério é o tempo de serviço. Em dezembro de 2018, Crivella já tinha concedido outras 186 autonomias. 

Melhorias para taxistas

Em seus dois anos à frente da Prefeitura do Rio, Crivella promoveu melhorias significativas para os motoristas de táxi. No final de 2017, lançou o TAXI.RIO, plataforma de mobilidade que oferece descontos aos passageiros, além de maior conforto e segurança. Nos primeiros 12 meses de funcionamento, houve mais de 3,5 milhões de corridas, e só no mês de dezembro de 2018 o total de viagens chegou a 25 mil por dia. O número de adeptos, entre os motoristas de táxi, supera 22 mil, dos 55 mil cadastrados na cidade. O desconto médio oferecido aos clientes é de 34%. E o tempo médio para embarque, cinco minutos. Ao completar um ano de funcionamento, a plataforma atingiu a marca de 363.267 passageiros cadastrados.

Também em 2017, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) autorizou a fixação nos táxis de adesivos com o logotipo das empresas operadoras de cartão de crédito que os profissionais da categoria aceitarão em suas corridas. A medida beneficia tanto os taxistas como os usuários, que poderão saber, antes de embarcar, quais táxis aceitam o pagamento da corrida por meio de cartão de crédito.

No mês seguinte, a SMTR aumentou a vida útil dos táxis para 8 anos. A decisão foi motivada pela realidade sócio-econômica vivida pela população carioca e pelas perdas financeiras da categoria.

Em outubro de 2018, os taxistas passaram a ter a opção de escolher entre o envelopamento e a pintura do veículo. A técnica era uma reivindicação antiga dos taxistas, que tinham prejuízo no momento da revenda do carro, já que os veículos pintados na cor amarela costumam ser desvalorizados. A técnica permite que o adesivo seja removido quando o proprietário desejar revender o carro, sem prejuízo.

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