Rio - Depois de chamar a Aldeia Maracanã de "lixo urbano", em janeiro deste ano, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) protagonizou nova polêmica envolvendo os indígenas remanescentes da aldeia.
Em vídeo disponível na página "Resistência Aldeia Maracanã", no Facebook, o deputado aparece vestido de colete à prova de balas, em bate-boca com os índios. Ele estava acompanhado de seu correligionário, o também deputado Alexandre Knoploch.
Segundo postagem dos índios, os deputados "alegaram estar querendo vistoriar o prédio do antigo Museu do Índio, mas diante da invasão foram rechaçados pelos presentes".
Na discussão, Amorim fala sobre "doutrinação ideológica", ao passo que um morador do local responde. "Aqui não tem direita nem esquerda. Aqui é indígena", diz.
Durante o bate-boca, um dos índios relembra a perseguição sofrida pelo grupos nos governos anteriores: "Cabral roubou, está preso e vocês querem fazer o trabalho dele agora?"
Acusado de provocar os índios, Amorim alega que esteve no local porque recebeu denúncias sobre problemas envolvendo a saúde dos indígenas, consumo de drogas no local e más condições do prédio.
"Esse prédio pode cair a qualquer momento. E o que se chama de Aldeia Maracanã é uma caixa preta que precisa ser resolvida", disse Amorim. Questionado se estava ameaçando os indígenas de despejo, ele negou.
"Só estou dizendo que é um imbróglio jurídico, que já dura muito tempo e precisa ser resolvido. Foi uma ação ordeira" alegou. Sobre o fato de já ter chegado de colete à prova de balas, o deputado disse que, devido a ameaças recebidas, está usando "carro blindado e colete em locais abertos e de grande exposição há alguns meses por orientação policial".
Confira o vídeo:
