Luiz Otávio é uma das figuras centrais da quadrilha - Reprodução / TV Globo
Luiz Otávio é uma das figuras centrais da quadrilhaReprodução / TV Globo
Por O Dia
Rio - Dois PMs foram presos, na manhã desta segunda-feira, durante a Operação Sequestro S.A, da Polícia Civil que mirou uma quadrilha que pratica sequestros na Baixada Fluminense. Luiz Otávio Couto Amaral do Carmo Coutinho e Ernani Sant'Ana Reis da Silva, ambos lotados na UPP Jacarezinho, são investigados por praticarem extorsão mediante sequestro. O primeiro foi encontrado em casa, em Duque de Caxias.
Além das duas prisões, os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão contra um terceiro investigado. A quadrilha é formada por cerca de sete pessoas.
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De acordo com as investigações, empresários, comerciantes e até traficantes da Baixada Fluminense eram alvos dos criminosos. Eles sequestravam as vítimas e, além de realizar saques e compras com cartões bancários, exigiam dinheiro para liberá-las. Os criminosos atuavam sempre armados, usando toucas ninja.
R$ 15 MIL DE RESGATE
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Um dos casos investigados pela polícia aconteceu no último dia 16 de maio, em São João de Meriti, quando José Augusto dos Santos foi sequestrado de libertado após ter pago R$ 15 mil, além de ter entregue jóias de ouro e ter compras realizadas em seu cartão de débito.
No crime em questão, os sequestradores se passaram por policiais civis, abordando o homem quando saía de casa ainda de madrugada. Ele foi solto após dizer que não registraria o caso. O que não aconteceu, já que foi aberto um boletim de ocorrência na 64ª DP.
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Ernani é apontado como o mentor da ação e Luiz Otávio teria dirigido o carro usado pelos dois para abordarem a vítima.
Mesmo depois de libertarem José Augusto, os criminosos mantiveram contato com os parentes dele, os ameaçando para que não registrassem o caso na polícia. Foi quando Ernani disse que os valores obtidos no crime já teriam sido divididos entre os integrantes da quadrilha.
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Assista ao momento em que o homem foi sequestrado!
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As investigações apontam também que o grupo já praticou vários outros sequestros com a mesma abordagem.
Para a polícia, eles se organizam como uma verdadeira "empresa do crime de sequestro", já que há uma minuciosa divisão de funções e planejamento dos crimes entre os envolvidos.
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OUTRO LADO
Procurada pelo DIA, a PM disse que a Corregedoria da Corporação disponibilizou duas equipes da 3ª Delegacia Polícia Judiciária Militar (DPJM) para participar da operação de hoje. A secretaria informou também que os dois militares presos estão acautelados no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, onde vão cumprir a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
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"A Corregedoria da Polícia Militar acompanhará o inquérito a cargo da 64ª DP (São João de Meriti) para instaurar Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), caso fique comprovado o envolvimento dos policiais na atividade criminosa", a PM acrescentou, em nota.