O time de craques do Bode Cheiroso marcou um gol de placa: deu uma bicicleta nova para o pequeno Igor, de 10 anos, que tinha sido furtado. Saiba mais em: https://t.co/KgLJVqB8cf#ODia #bodecheiroso pic.twitter.com/IdHVuABoDU
— Jornal O Dia (@jornalodia) 28 de junho de 2019
Bode Cheiroso vive noite histórica na véspera do jogo da Argentina
Bar do Maracanã fez vaquinha para presentear Igor, ambulante de 10 anos, que teve a bicicleta furtada enquanto vendia amendoim
Rio - O Maracanã acordou com a expectativa de viver uma de suas grandes tardes, com a presença do supercraque Messi na partida entre Argentina e Venezuela, pela Copa América, mas para o pequeno Igor, de apenas 10 anos, fã do craque do Barcelona e morador da Vila Mimosa, nada superará a noite de ontem, graças a um time pouco conhecido, formado por Leandro, Paulinho Sabonete, Jiraya, Vinícius Jr e Tio Maneco, garçons do famoso Bar do Bode Cheiroso, vizinho ao estádio Mário Filho, que há 70 anos já servia de base para os operários que ergueram o maior palco de futebol do planeta.
“Na terça-feira, ele (Igor) esteve aqui vendendo amendoim para os clientes, e parou sua bicicleta na outra esquina. Quando voltou, tinham levado o “camelinho” dele e começou a chorar. Sentimos na pele o que esse moleque passava e decidimos fazer uma vaquinha entre nós, mas os clientes também ajudaram, o bar ajudou e ontem entregamos uma bicicleta nova para ele, e uma tranca com cadeado (risos)”, disse Leandro, idealizador não da boa ação, mas da ótima ação que arrancou aplausos de todos os presentes na noite de ontem.
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Proprietário do bar, Leonardo Lelê, diz que nada do que Messi pode vir a fazer logo mais superará o golaço dos seus garçons.
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“O Brasil vive um momento difícil, não só no futebol, e o Rio, mais difícil ainda. Em todos os níveis. Às vezes temos a impressão que deixamos de lado o respeito, a solidariedade, a boa convivência, que sempre foram nossas características. São práticas que, pelo menos nos botequins, resistem. E quando dão frutos, como ontem, não tem como comemorar”, diz o vascaíno Lelê, que serve, junto com os garçons, um dos melhores pernis da cidade, e agora, também, solidariedade.