Um grupo de torcedores do Botafogo removeu com socos e chutes 24 janelas de apenas um desses trens, quando a composição passava no trecho entre as estações Vila Militar e Deodoro, no sentido Santa Cruz. Parte do material foi recuperado pelos agentes de controle da concessionária, mas a maioria das janelas foi totalmente danificada ou perdida. Apenas uma das quatro composições danificadas pode voltar a circular na manhã desta quinta. As demais permanecem nas oficinas para reparos.
Neste horário, a estação estava fechada para embarque, mas ainda em funcionamento, aguardando o desembarque dos passageiros que viajavam nas composições extras. Eles partiram da estação Olímpica de Engenho de Dentro após o jogo. Para garantir a segurança de passageiros e funcionários, o Centro de Controle Operacional da SuperVia ordenou que os trens não realizassem paradas nesta estação até a chegada da Polícia Militar, que foi informada sobre a situação.
Apenas uma composição que já estava próxima do local não pode parar em Marechal Hermes. As demais realizaram as paradas previstas, depois que viaturas do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) se deslocaram para o local e contiveram os torcedores, já fora da estação. Agentes de controle da SuperVia apoiaram a ação.
Histórico de destruição e funcionário ferido
Em 22 de março também do ano passado, após o clássico entre Flamengo e Fluminense, pela semifinal da Taça Rio, no estádio Nilton Santos, um grupo de torcedores que viajava em um trem no sentido Japeri portando pedras e pedaços de pau foi abordado por seguranças da SuperVia na estação Marechal Hermes. Eles atiraram os objetos contra os funcionários e um deles acabou ferido no rosto. O Gepe foi acionado e um dos torcedores foi levado para a 30ª DP. Ainda em 2018, no dia 18 de julho, seis trens foram vandalizados após Flamengo e São Paulo, no Maracanã.