"Me senti o bandido mais procurado do Rio de Janeiro", lamenta, bastante emocionado. "Uma senhora chegou a enfrentar os seguranças dizendo que era racismo".
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Circula pela Internet um vídeo do momento em que Edvan foi imobilizado; assista!
ontem no @metro_rio um homem negro foi agredido pelos seguranças, levando um mata leão na frente do filho de 9 anos acusado de estar armado quando na verdade estava com uma bíblia. até quando? pic.twitter.com/T8tT3Ve0LY
Edivan conta que a confusão começou em uma das catracas da estação. Ele teria tentando passar pela roleta junto com o filho, mas foi repreendido pelo agente. O açougueiro afirma que ao ser advertido pediu para o filho comprar o bilhete para pagar a passagem.
"Mesmo assim o segurança ficou me olhando de cara feia quando eu já tinha passado pela roleta, me seguiu e deu o golpe pelas minhas costas", conta, dizendo que o filho ficou implorando a todo o momento para que o pai fosse solto.
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BÍBLICA CONFUNDIDA COM ARMA
Edivan conta que no momento da confusão estava voltando da igreja com o filho e mais dois amigos. Ele diz que o criança, que completa 10 anos nesta sexta, está bastante traumatizada.
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O açougueiro estava com uma bíblia, que teria sido confundida, por uma outra agente, com um arma.
"Não estava armado, estava com a bíblia na mão. Nunca tive uma arma", defende ele, que está desempregado. "Estou desempregado, mas trabalho na Avenida Brasil vendendo água e ainda ajudo a minha esposa vendendo quentinhas".
Filho do açougueiro presenciou tudo - WhatsApp O DIA (21-98762-8248)
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TESTEMUNHA
Uma testemunha que não quis se identificar confirmou, ao DIA, a versão dada por Edivan. O homem disse ter presenciado a confusão, que aconteceu no sentido Pavuna da estação.
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"Devia ter uns sete agentes. O segurança que deu o 'mata-leão' nele era bem grande", afirma. "Uma deles estava dizendo que ele estava armado. e ele chegou a levantar a camisa para mostrar que não estava".
Essa testemunha ainda afirma que uma outra pessoa orientou Edivan a registrar o caso na delegacia. Neste momento, os agentes teriam retirado a identificação de seus uniformes, se recusando a ir à polícia.
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POLÍCIA
O caso foi registrado na 44ª DP (Inhaúma). Perguntada sobre as investigações, a Polícia Civil se limitou a dizer que "todos os envolvidos já foram ouvidos na unidade e o procedimento já foi encaminhado a Justiça".
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O DIA questionou o Metrô Rio sobre os xingamentos da agente e o fato de os seguranças retirarem a identificação de seus uniformes, mas a concessionária se limitou a dizer que "abriu sindicância interna para apurar a conduta do funcionário".
"A confusão começou após um cliente orientar o filho a passar pela catraca sem pagar passagem. Advertido, o cliente ameaçou o funcionário dizendo que iria em casa e voltaria à estação. A PM foi chamada e o caso registrado na delegacia", a concessionária alegou, em nota.