Música e dança marcam a oitava Lavagem do Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio - Marcos de Paula / Prefeitura do Rio
Música e dança marcam a oitava Lavagem do Cais do Valongo, na Zona Portuária do RioMarcos de Paula / Prefeitura do Rio
Por O Dia
Rio - A 8ª Lavagem do Cais do Valongo celebrou, neste sábado, os dois anos da titulação do sítio arqueológico como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. O evento, que simboliza a purificação nas primeiras religiões do mundo, contou com a participação do Presidente do instituto da História e da Cultura Afro-brasileira (Ihcab), Pedro Paulo Nogueira, e de representantes de instituições do movimento negro, além da organizadora, ialorixá Edelzuita. 
A tradicional lavagem com água de cheiro foi conduzida com muita música e dança. O grupo seguiu em cortejo até a descida do Cais enquanto cantava aos orixás. Para Pedro Paulo Nogueira, Presidente do Instituto da História e da Cultura Afro-brasileira, o encontro é não só uma celebração, mas também um símbolo da luta pelo respeito e pela igualdade.
Publicidade
"Estamos aqui lembrando aqueles que vieram antes de nós, que lutaram e foram esquecidos. Estamos aqui pra dizer que vamos continuar lutando pelos direitos do povo negro", afirmou Pedro Paulo. Mãe Edelzuita lembrou que a festa é um ato de resgate. "Hoje é dia de louvar nossos ancestrais e combater a intolerância religiosa. Estamos aqui, nesse chão, lembrando todo o sangue que foi derramado para construir esse país", ressaltou a ialorixá.
O evento ainda contou com uma feira de artesanato e gastronomia, além da apresentação de grupos culturais afro e roda de samba. O evento foi realizado pela Prefeitura do Rio por meio da Secretaria Municipal de Cultura e do Instituto da História e da Cultura Afro-brasileira, com apoio do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro (Comdedine) e o Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine).