Profissionais de educação da rede municipal do Rio fazem ato simbólico em frente ao Palácio da Cidade - Divulgação
Profissionais de educação da rede municipal do Rio fazem ato simbólico em frente ao Palácio da CidadeDivulgação
Por Karen Rodrigues*
Rio - Profissionais de educação do município do Rio se reuniram, nesta segunda-feira, em frente ao Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul, para realizar um ato simbólico contra a manutenção da abertura das escolas municipais e pelo pagamento do décimo terceiro salário.
Respeitando os protocolos de distanciamento social e com o objetivo de evitar aglomeração, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe RJ), escalou seis diretores para protestarem presencialmente segurando faixas. Uma das faixas tinha os dizeres "Escolas Fechadas, Vidas Preservadas".
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"O protesto tem dois eixos. O primeiro eixo é o fechamento total das escolas, porque algumas escolas continuam abertas. Sobretudo porque diretores e funcionários estão sendo obrigados a ir às escolas, colocando as vidas deles em risco. O segundo eixo é o pagamento do décimo terceiro, que não está garantido e o governo ainda não apresenta soluções concretas sobre quando vai pagar, de que forma vai pagar e se vai garantir até o dia 20 pagamento para o funcionalismo", afirmou Gustavo Miranda, Coordenador do Sepe RJ.
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Gustavo ainda explicou que o protesto foi realizado em frente ao Palácio da Cidade, com o objetivo de mostrar que "o culpado de todo esse processo ainda é o Prefeito Crivella".
O Sepe RJ está na luta #GrevePelaVida, desde o dia 30 de julho, contra a volta às aulas presenciais, devido a pandemia da covid-19. O sindicato entende que não há condições sanitárias para o retorno das aulas presenciais. Problemas como falta de água, acesso restrito às despensa - que não dispõem de porta para a rua, obrigando o trânsito de funcionários de outras empresas dentro do refeitório -, falta de ventilação nas salas, número limitado de banheiros, além da quantidade de alunos por turma, são apontados como gargalos para o cumprimento dos protocolos sanitários em unidades da rede.
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A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou, em nota, que as aulas presenciais foram suspensas desde o último dia 7, por recomendação do Ministério Público e do Comitê Científico da Prefeitura.  
"Cabe ressaltar que as aulas presenciais haviam retornado, de forma voluntária, apenas para alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, PEJA 2 (Programa de Ensino de Jovens e Adultos) e Carioca 2 (projeto de correção de fluxos). As escolas estão abertas para atendimento administrativo. Apenas diretores e funcionários que não têm comorbidade estão indo às escolas neste momento para o trabalho de manutenção e conservação do espaço e, ainda assim, seguindo as regras de ouro. Desde que retornaram às unidades escolares, direção e setores administrativos atuam em sistema de rodízio de equipes. Caso algum destes funcionários teste positivo, a escola imediatamente fecha para higienização completa. Tanto o profissional infectado como a equipe que conviveu com ele ficam afastados durante o ciclo da doença e o outro grupo do rodízio segue cuidando da escola", disse a SME, em nota.
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*Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro