Prefeitura do Rio quer que profissionais de Educação retornem às escolas na quarta-feira
Decisão foi anunciada em audiência com sindicato e será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (10). Estudantes devem retornar na semana que vem
Rio - Em conversa com a direção do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio durante a tarde desta segunda-feira, a secretária municipal Talma Romero Suane informou que profissionais da educação retornarão para as atividades presenciais na quarta-feira (11). A decisão será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (10). A volta às aulas, no entanto, ainda não tem data divulgada. Apenas os profissionais retornarão neste primeiro momento.
Uma assembleia virtual do Sepe marcada para às 9h de terça-feira contava com 1120 inscritos pouco antes das 22h. Os profissionais vão deliberar se decretam greve total com a convocação para o retorno às aulas presenciais.
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A Secretaria Municipal de Educação informou que planeja com os coordenadores regionais de Educação os procedimentos de retorno das aulas presenciais no 9º ano da Rede Municipal e também no último ano do Programa de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental. A volta às aulas, diz a pasta, será voluntária para os estudantes – os pais decidirão se levarão os filhos.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação a data de retorno dos professores ao ambiente escolar está "nos últimos detalhes" para ser acertada. A volta dos profissionais se dará antes do retorno dos alunos.
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A SME diz ainda que nesta semana ocorrem reuniões com professores, conselhos de pais e responsáveis, direções de unidades para alinhar detalhes para o retorno presencial de parte dos alunos. 'Quando for ocorrer o retorno dos alunos será amplamente divulgado", finaliza.
Às vésperas das eleições municipais, uma confusão sobre a retomada das aulas na rede municipal do Rio levou o Sepe a convocar a assembleia. Após o prefeito Marcelo Crivella anunciar na última terça-feira que as escolas da Rede Municipal de Educação poderiam "reabrir voluntariamente", as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) realizaram reuniões e determinaram o retorno dos professores às escolas a partir desta terça-feira.
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Os alunos voltariam na semana que vem, no dia 17. A decisão, no entanto, foi revista na noite deste domingo.
Por volta das 21h da noite de ontem (8), os CREs dispararam email às diretorias informando que o retorno dos professores e demais profissionais para o dia 10 foi suspenso até nova determinação da SME. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação marcou uma reunião para as 15 horas desta segunda-feira para entender o posicionamento da Secretaria Municipal de Educação sobre o retorno.
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Durante a reunião desta tarde, a Secretaria Municipal de Educação disse que adiou o retorno porque identificaram muito desencontro de informação. A secretária Talma Romero Suane disse que um decreto será publicado na terça-feira com detalhes sobre o retorno. Uma informação que será esclarecida é a de que a volta é voluntária apenas para as famílias e os estudantes, não para as escolas, que deverão retornar às aulas presenciais.
Os profissionais de Educação deverão retornar nesta quarta-feira, segundo fontes que participaram da reunião. A intenção da secretaria é de que turmas do 9º ano retornem na terça-feira da semana que vem, conforme tratado na reunião desta tarde. Durante a reunião com o sindicato, representantes da SME reconheceram que há unidades que não têm condições de voltar, de acordo com um mapeamento da pasta.
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Sepe está com assembleia marcada para terça-feira
O Sindicato dos Profissionais de Educação marcou uma assembleia virtual para às 9h desta terça-feira. O Sepe decide se mantém a greve, que está em caráter parcial, apenas para atividades presenciais, se amplia a greve também para o trabalho remoto ou se a suspende.
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"Até o presente momento, a greve era apenas presencial. Mas, uma parcela dos profissionais discute a adesão a uma greve total, inclusive das atividades remotas, caso todo mundo tenha que voltar ao presencial", explica a coordenadora do Sepe Duda Quiroga. O Sepe está em greve parcial desde o dia 30 de julho.
O sindicato entende que não há condições sanitárias para o retorno das aulas presenciais. Problemas como falta de água, acesso restrito às despensa - que não dispõem de porta para a rua, obrigando o trânsito de funcionários de outras empresas dentro do refeitório -, falta de ventilação nas salas, número limitado de banheiros, além da quantidade de alunos por turma, são apontados como gargalos para o cumprimento dos protocolos sanitários em unidades da rede.
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A SME diz que protocolos de segurança indicados pela Vigilância Sanitária serão cumpridos para que seja garantida a segurança da comunidade escolar. Segundo a pasta, haverá redimensionamento dos espaços utilizados e disponibilização dos produtos necessários para a higienização pessoal e do ambiente escolar.
Na rede pública da cidade do Rio apenas o terceiro ano do Ensino Médio, da Rede Estadual de Ensino, retornou às atividades.