Sequestrador usava máscara de caveira (balaclava)
 - Ricardo Cassiano
Sequestrador usava máscara de caveira (balaclava) Ricardo Cassiano
Por O Dia
Rio - Walter Freire estava no ônibus sequestrado por um homem, na manhã desta terça-feira, no sentido Rio de Janeiro da Ponte Rio-Niterói. Em entrevista à à Globo News, a vítima contou como foram as 4 horas de desespero dentro do veículo.
"Pensei que fosse morrer", desabafou ainda assustado.
Publicidade
Um outro refém, Hans Moreno, informou que apesar do susto, o sequestrador deixou os passageiros usarem o celular a todo momento.
"Eu estava o tempo todo falando com minha esposa, minha irmã, minha mãe. Ele não pediu o celular de ninguém. As pessoas estavam conseguindo conversar com seus familiares até enquanto o sequestrador estava em atividade no ônibus", conta.
Publicidade
Hans também relatou que, logo após o sequestrador ser baleado pela Polícia Militar, os agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) entraram no ônibus para revistar os passageiros.
"Os passageiros foram revistados pelos policiais, que pediram para a gente descer de dois em dois. Eles estão periciando o ônibus, para que depois a gente possa voltar e pegar nossos pertences que ainda estão no ônibus. Foi aquela coisa desesperadora. Todo mundo se abaixando atrás dos bancos e vimos os policiais entrando no ônibus. Cinco ou seis do Bope, todos bem armados. Assim que o Bope entrou, pediu para que todo mundo ficasse parado com a mão pra cima".

Ainda de acordo com a vítima, os 39 reféns que estavam no ônibus tinham mais ou menos a mesma faixa etária.
Publicidade
"Não havia nenhuma criança. Apenas um ou dois com menos de 30 anos. A maioria acima de 40. Havia umas três ou quatro mulheres, a maioria homens nessa faixa etária entre 40 e 50".