Rio,20/08/2019 -NITEROI;DH.Onibus sequestrado na ponte Rio-Niteroi. Na foto,passageiro do onibus sequestrado Hans Miller . Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia - Cléber Mendes
Rio,20/08/2019 -NITEROI;DH.Onibus sequestrado na ponte Rio-Niteroi. Na foto,passageiro do onibus sequestrado Hans Miller . Foto: Cléber Mendes/Agência O DiaCléber Mendes
Por O Dia
Rio - O professor de geografia Hans Moreno, um dos reféns do ônibus sequestrado na manhã desta terça-feira, disse que Willian não pretendia incendiar o veículo. Segundo ele, o isqueiro que estava com o criminoso foi jogado para fora. Mais cedo, em uma entrevista coletiva no Palácio Guanabara, o governador Wilson Witzel disse que o homem iria iniciar um incêndio e que estava com o objeto em mãos antes de ser baleado.
Segundo o professor, o sequestrador mostrou o coquetel molotov para os passageiros e perguntou se tinha algum fumante no local: "Ele pegou o isqueiro, mas jogou na pista, não ameaçou jogar no ônibus, nem queimar o ônibus, ele jogou pra fora, não ficou com o isqueiro", explica
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Segundo Antonio Ricardo, diretor da divisão de homicídios do Rio, familiares do jovem disseram em depoimento que Willian tinha problemas em se relacionar com outras pessoas e se isolava de outras: "Desde o começo estava claro que ele pretendia tirar a própria vida e até levar outras pessoas junto com ele", destacou.
Reféns
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Durante o sequestro, Willian pediu para uma passageira prender os braços dos demais reféns em braçadeiras, depois a mesma vítima foi ordenada a amarrar fios pelo teto do coletivo e colocar copos feitos com garrafa pet, cheio de gasolina espalhados pelo local: "A gente ficou muito tenso, com medo daquela gasolina cair em cima da gente, mas ele falava que em nenhum momento queria colocar fogo no ônibus", explica o professor de geografia que estava dentro do coletivo.
Resgate
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O sequestrador chegou a mencionar um possível valor em dinheiro para libertar todos os passageiros, mas destacava que não queria nada das vítimas: "Ele falou que queria trinta mil reais, mas disse que não queria dinheiro da gente, ele disse que quem iria pagar por aquilo era o estado", conta.
Hans disse que avisou a família sobre o sequestro do ônibus e que a sensação é de alívio: Eu mandei mensagem que meu ônibus foi sequestrado na ponte, estou aliviado principalmente pela minha família.