O historiador Philippe Valentim mediou  conversa com os escritores Vitor Almeida, Leandro Leal, André Gabh e Neliana Silva na Bienal do Livro - Divulgação
O historiador Philippe Valentim mediou conversa com os escritores Vitor Almeida, Leandro Leal, André Gabh e Neliana Silva na Bienal do LivroDivulgação
Por Waleska Borges
Rio - Um Rio de Janeiro longe das praias da Zona Sul. A realidade do subúrbio carioca contada por autores da região tem conquistado espaço mercado editorial. Ontem, o subúrbio foi tema de uma mesa de debates na Casa da Literatura, estande da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, na Bienal do livro. Com o tema "Suburbanidade, Desenrolos e Novas Narrativas Periféricas", Philippe Valentim mediou a conversa com os escritores Vitor Almeida, Leandro Leal, André Gabh e Neliana Silva.

"O subúrbio não é apenas o buraco e a página policial dos jornais. Temos o trem, os bares, os vizinhos, além de uma série de personagens que não foram retratados pelas novelas que mostram o Rio de Janeiro da Zona Sul", contou Valentim, que é historiador.

De acordo com o historiador, há muita história para contar. Ele lembra, por exemplo, que são em torno de 20 bairros na Zona Sul, enquanto o subúrbio, com as zonas Norte, Oeste e Leopoldina, somam 45 bairros : "Há, atualmente, pelo menos 15 escritores no Rio que retratam as vivencias que tivemos no subúrbio com os seus ditames culturais.

Valentim, que também é cria do subúrbio, ressalta que os escritores do segmento fazem uma nova narrativa da cidade. Os livros dos escritores podem ser encontrados na Bienal do Livro. No domingo, André Gabeh, cantor, compositor, desenhista, pintor e escritor, lançará o segundo volume da obra: o Suburburinho 2 – Chuvas, Desmaios e Tira-Gostos. O livro, do selo Subúrbio Editorial, traz a balbúrdia dos quintais suburbanos, onde ninguém sabe como é uma vida tranquila e pacata. A obra será lançada o estande da Autografia, no Pavilhão Verde do Riocentro, dia 8 de setembro, a partir das 15h.