Polícia apreende produtos falsificados em comércio ilegal dominado pela milícia em Madureira
Agentes também investigam a possível participação de funcionários públicos do município no esquema
Por Lucas Cardoso
Rio - A Polícia Civil apreendeu, na madrugada deste sábado, 20 toneladas de mercadorias falsificadas e autuou cinco camelôs em Madureira, na Zona Norte do Rio. De acordo com as investigações, que fazem parte da segunda fase da Operação Esculhambação, o material estava armazenado em depósitos controlados pela milícia e serviam como fonte de arrecadação para o grupo paramilitar. A Polícia também investiga a possível participação de funcionários públicos do município no esquema.
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Policiais fizeram o mapeamento dos depósitos com drones
Divulgação
Produtos falsificados eram armazenados em depósitos controlados pela milícia
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Policiais fizeram o mapeamento dos depósitos com drones
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Policiais fizeram o mapeamento dos depósitos com drones
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Produtos falsificados eram armazenados em depósitos controlados pela milícia
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Ainda de acordo com a Polícia, toda a área dos ambulantes e dos depósitos foram mapeadas e seguidas por drone. Ao todo, nove pontos de armazenamento foram estourados por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim). Entre os produtos apreendidos, estavam roupas, relógios, calçados, perfumes e eletrônicos. A mercadoria tem valor de venda estimado em R$ 5 milhões.
Em nota, a Coordenadoria de Controle Urbano, da Secretaria Municipal de Fazenda, informou que "realiza ações rotineiras de fiscalização no bairro de Madureira. A região integra o programa Ambulante Legal, cujo objetivo é organizar e facilitar a identificação dos ambulantes autorizados a trabalhar na cidade, propondo, inclusive, a implantação de políticas públicas de qualificação profissional aos trabalhadores."
A Fazenda ainda completou que "desaprova qualquer desvio de conduta de funcionários e que está a disposição da Polícia Civil para colaborar com a apuração dos fatos." A pasta informou que "aguarda mais informações" para adotar as providências cabíveis.
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Segundo os investigadores, o esquema da organização explora os barraqueiros cobrando uma mensalidade que pode variar entre R$ 150 e R$ 250. Os cinco camelôs autuados vão responder por venda e receptação de produtos falsificados.