Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via - Samara Oliveira / Agência O DIA
Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da viaSamara Oliveira / Agência O DIA
Por O Dia
Rio - Uma chuva de intensidade forte atingiu alguns bairros do Rio, principalmente na Zona Oeste da cidade, na manhã desta segunda-feira. O núcleo de chuva, que atuava na Baía de Sepetiba, se deslocou pela cidade e causou chuva forte/muito forte. O município entrou em estágio de atenção às 11h50. Diversas vias da cidade ficaram alagadas e dezesseis sirenes em sete comunidades foram acionadas pelo risco de deslizamento. Nas próximas horas, a previsão é que o tempo continue instável, com chuva moderada.
Entre 11h e 11h30, houve chuva forte em Sepetiba, Jacarepaguá/Cidade de Deus, Barra/Riocentro, Vidigal e Rocinha (São Conrado), Tijuca, Santa Teresa, Grajaú, Jardim Botânico, Barra/Barrinha, Santa Cruz, Laranjeiras, Alto da Boa Vista e Tijuca/Muda. Choveu de forma moderada na Urca, Jacarepaguá/Tanque, Saúde (Centro), região da Grajaú-Jacarepaguá, Grota Funda e Recreio. Outras regiões tiveram chuva fraca. Todos os bairros com grande intensidade de chuva têm alagamentos.
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A Avenida Niemeyer, em São Conrado, fechada por conta de uma decisão judicial, foi também bloqueada para o acesso de moradores às 11h15, no sentido de quem vem para o Leblon.

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A Rua 7 de setembro, no Centro do Rio ficou inteiramente alagada Estefan Radovicz
Chuva forte na Rua do Riachuelo Ricardo Cassiano/Agência O Dia
Chuva forte no Museu de Arte Moderna (MAM), Centro do Rio Ricardo Cassiano/Agência O Dia
Rua do Resende completamente alagada. Via é umas das que sempre são afetadas quando chove na região Reprodução / Instagram Ateliê Brigadeiro Carioca
Motos na Rua do Resende foram ao chão com a força da água reprodução
Rua do Centro alagada devido a forte chuva Gilvan de Souza / Agência O Dia
Motoristas que passavam pelo Centro sofreram mais uma vez com ruas alagadas Gilvan de Souza
Chuva na Barra da Tijuca WhatsApp O DIA
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No Centro do Rio, o alagamento no túnel da Providência afetou a Linha 2 do VLT, mas circula com intervalos irregulares. As Linhas 1 e 3 também operam com intervalos irregulares.
Uma loja na Rua do Resende, na região da Lapa, avisou aos clientes sobre o fechamento da loja pela falta de acessibilidade e postou fotos do rio de água que se formou, deixando motos submersas. Via é umas das que sempre são afetadas quando chove na região.
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Por volta das 19h30, o Centro de Operações registrava 214 km de engarrafamentos na cidade. O número representa o triplo da segunda-feira passada. "Sempre que chove é esse caos. Nunca aparece autoridade nenhuma", disse o comerciante Aluísio Andrade, 55 anos, ontem, na Avenida Gomes Freire, uma das mais afetadas do Centro. Na mesma via, Sueli do Carmo também desabafou. "O prejuízo, infelizmente, é sempre do povo. Entra ano, sai ano, e nada muda", reclamou a dona de casa.

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Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via Samara Oliveira / Agência O DIA
Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via Samara Oliveira / Agência O DIA
Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via Samara Oliveira / Agência O DIA
Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via Samara Oliveira / Agência O DIA
Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via Samara Oliveira / Agência O DIA
Chuva com vento causou queda de árvore em dois pontos da Avenida Gomes Freire, causando a interdição da via Samara Oliveira / Agência O DIA
Uma outra árvore também caiu na Avenida Mem de Sá, na altura da Rua Ubaldino do Amaral, e ocupa uma faixa da rua. Na Rua do Lavradio, outra via bastante afetada pelo alagamento, moradores e comerciantes tiveram que desobstruir as redes de esgoto para escoar a água e O DIA flagrou um homem com um triciclo ajudando pedestres a atravessarem os bolsões d'água.
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Equipes da Comlurb atuam em algumas vias da cidade. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, na última hora, rajada de vento forte na estação Marambaia (56,9 km/h). 
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Sirenes acionadas
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De acordo com a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil Municipal, às 12h15 foram acionadas 16 sirenes de sete comunidades devido ao atingimento do protocolo no intervalo de 1h (40mm de chuva ou mais). Os alarmes foram acionados na Rocinha, Guararapes, Santa Marta, Formiga, Santa Alexandrina/Paula Ramos e Cabritos.
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Segundo a Defesa Civil, desde as 10h, o serviço 199 (canal de atendimento do órgão) recebeu 16 chamados – a maioria das ocorrências relacionada a dano de estrutura de imóvel (sete) e deslizamento de encostas (quatro). Por enquanto, não houve registro de vítimas. Engenheiros e técnicos do órgão já atendem os principais chamados.
Voos cancelados no Santos Dumont
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Por conta da chuva, o Aeroporto Santos Dumont opera por instrumentos. De acordo com a Infraero, 20 voos foram cancelados, ocasionando longas filas se formaram em frente aos balcões das companhias. 
Falta de manutenção afeta galerias pluviais

Consultor em Engenheira, Francisco Mourão lembra que o caos que a população vive todos os anos seria evitado com uma maior manutenção das galerias pluviais. "As nossas galerias foram dimensionadas num passado distante. Não dão mais vazão. Antes, os terrenos eram mais permeáveis, diferentemente de hoje. Mas o grande problema está na falta de manutenção delas. Sem isso, de nada adianta", explicou o especialista.
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Mas, segundo relatório do Fincon (sistema da Prefeitura do Rio com dados sobre execução orçamentária), elaborado pelo gabinete da vereadora Teresa Bergher (PSDB), não está faltando dinheiro. Dos R$ 558,5 milhões previstos para as ações de prevenção às enchentes neste ano, a prefeitura só investiu R$ 189,1 milhões. Ou seja, 34%. Ainda de acordo com o documento, entre 2016 e 2018, em valores atualizados, o município deixou de aplicar R$ 365,7 milhões nas referidas ações. Uma queda de 54% na execução orçamentária.
ALERTAS DE CHUVAS FORTES DA DEFESA CIVIL

Qualquer pessoa pode se cadastrar no serviço de alertas da Defesa Civil via SMS. Basta enviar o CEP de casa para o nº 40199, por mensagem de texto. É gratuito. 

RECOMENDAÇÕES EM CASOS DE VENTOS FORTES

Em casa:

· Feche as janelas, basculantes e portas de armários para evitar canalizações de ventos no interior de casa. Persianas, cortinas ou blecautes também devem estar fechados para evitar que estilhaços se espalhem, no caso de alguma janela quebrar;

· Aparelhos elétricos e registro de gás devem estar fechados. Dessa forma, não há agravamento em caso de queda de árvore;

· Evite deixar objetos que possam cair em locais altos;

· Mantenha as árvores do jardim ou do quintal sempre podadas e bem cuidadas;

· Fique atento: se houver falta de luz, cuidado com o uso de velas para evitar incêndios.

Na rua:

· Não se abrigue debaixo de árvores ou de coberturas metálicas;

· Evite a prática de esportes ao ar livre, especialmente, no mar;

· Evite ficar próximo a precipícios, encostas ou lugares altos sem proteção;

· Evite passar sob cabos elétricos, outdoors, andaimes, escadas;

· Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;

· Não queime lixo, não ateie fogo em terrenos para remover vegetação, não acenda fogueiras ou jogue bitucas de cigarros em estradas ou terrenos com mata;

· Fique atento: caso haja queda de árvore, é possível que a rede de energia tenha sido rompida. Nesta situação, há risco de acidentes causados por raios.


RECOMENDAÇÕES EM CASOS DE ALAGAMENTOS:

· Redobre a atenção ao dirigir e mantenha os faróis acessos;

· Permaneça em local seguro e evite áreas com alagamentos;

· Não caminhe pelas águas, pois há perigo de correnteza e de ferimentos com objetos, quedas em buracos sob a água, além de risco de doenças;

· Não fique próximo à beira de córregos e rios;

· Nunca force a passagem de carros em vias alagadas.
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Colaborou a estagiária Samara Oliveira