Réveillon Rio 2021será transmitido pela televisão e pelo canal oficial da Riotur no Youtube - Gabriel Monteiro/Riotur
Réveillon Rio 2021será transmitido pela televisão e pelo canal oficial da Riotur no YoutubeGabriel Monteiro/Riotur
Por O Dia
Rio - O Réveillon na Praia de Copacabana, festa organizada pela Prefeitura do Rio no dia 31 de dezembro, perdeu uma atração. O Tribunal de Justiça determinou, ontem, a suspensão do show da cantora gospel Anayle Sullivan, programado para acontecer no Réveillon da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O pedido foi feito pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), que alegou violação da laicidade do Estado e da liberdade religiosa.

"Não há dúvidas de que a inserção de show de música gospel, gênero ligado a religiões de origem cristã, em detrimento das inúmeras outras existentes, vai de encontro à laicidade estatal e à garantia de liberdade religiosa", apontou a juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, em documento de decisão. Ela explicita que, aso a medida seja desrespeitada, a prefeitura deverá pagar uma multa fixa de 300 mil reais.
Para o presidente da ATEA, Daniel Sottomaior, o pedido procura respeitar os limites de um Estado laico. "Nós da ATEA queremos um Estado que seja verdadeirametne laico, e um dos aspectos mais ignorados da laicidade é falta de neutralidade do Poder Público referente a questões religiosas. O estado pertence a todos os cidadãos. Queremos exigir o mínimo, que é a igualdade para todos perante o estado", afirmou o representante. 
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A RioTur informou que a Procuradoria-Geral do Município pretende recorrer à decisão do TJ-RJ, e que a escolha e contratação dos artistas que vão se apresentar no Réveillon Rio 2020 coube à empresa SRCOM para, depois, passar pela aprovação da Prefeitura. 
A SRCOM foi procurada pelo DIA, mas não obtivemos resposta até a finalização da edição do jornal de hoje. 
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Envolvidos em polêmica
Essa não é a primeira vez que a ATEA protagoniza ações contra elementos religiosos. Em outubro deste ano, a associação barrou a construção de uma estátua gigante de Nossa Senhora e a retirada de cinco monumentos dedicados à Padroeira da cidade de Aparecida, no interior de São Paulo. Após a medida, a prefeitura afirmou que iria recorrer.  
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