Ao ‘Estado’, Klein afirmou que “acabou de comunicar aos clientes a respeito de sua decisão de renunciar à defesa dos interesses deles por motivo de foro íntimo, conforme prevê o código de ética que norteia a advocacia.” Ele não quis dar detalhes do motivo. O advogado assumiu a defesa da família Queiroz no dia 18 de dezembro de 2018, 12 dias após a revelação da investigação pelo Estado.
Mais cedo, Klein afirmou que o Ministério Público ‘distorce’ os repasses de R$ 2 milhões registrados na conta de Fabrício Queiroz. Segundo a promotoria, o ex-assessor teria recebido R$ 2.062.360,52 por meio de 483 depósitos feitos por assessores subordinados ou indicados por Flávio Bolsonaro.
“Se contextualizarmos os fatos, os referidos valores foram recebidos ao longo de 10 anos, repita-se, 10 anos, sendo que na sua quase totalidade fruto dos rendimentos da própria família que, como dito, centralizava seus pagamentos na conta do sr. Fabrício”, diz a nota enviada nesta manhã pelo advogado.
Rachadinhas. Fabrício Queiroz foi um dos alvos de operação de busca e apreensões decretadas pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau no inquérito que apura suposto esquema de ‘rachadinha’ no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Segundo a promotoria, Queiroz ficava responsável por recolher parte do salário de servidores.