Flávio com seu ex-assessor da época da Alerj Fabrício Queiroz: possível esquema de 'rachadinhas' - Reprodução / Arquivo
Flávio com seu ex-assessor da época da Alerj Fabrício Queiroz: possível esquema de 'rachadinhas'Reprodução / Arquivo
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O advogado Paulo Klein, que representava Fabrício Queiroz, deixou o caso nesta quinta-feira, um dia depois do ex-assessor parlamentar ser alvo de buscas e apreensões no inquérito que apura suposto esquema de ‘rachadinhas’ no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“Paulo Klein, advogado do senhor Fabrício Queiroz, vem por meio desta nota informar que não mais representa os interesses dele e de sua respectiva família, por questões de foro íntimo, nada obstante tenha plena e absoluta convicção da inocência deles com relação aos fatos ora investigados pelo Ministério Público”, afirma o advogado, em nota encaminhada à imprensa.

Ao ‘Estado’, Klein afirmou que “acabou de comunicar aos clientes a respeito de sua decisão de renunciar à defesa dos interesses deles por motivo de foro íntimo, conforme prevê o código de ética que norteia a advocacia.” Ele não quis dar detalhes do motivo. O advogado assumiu a defesa da família Queiroz no dia 18 de dezembro de 2018, 12 dias após a revelação da investigação pelo Estado.

Mais cedo, Klein afirmou que o Ministério Público ‘distorce’ os repasses de R$ 2 milhões registrados na conta de Fabrício Queiroz. Segundo a promotoria, o ex-assessor teria recebido R$ 2.062.360,52 por meio de 483 depósitos feitos por assessores subordinados ou indicados por Flávio Bolsonaro.

“Se contextualizarmos os fatos, os referidos valores foram recebidos ao longo de 10 anos, repita-se, 10 anos, sendo que na sua quase totalidade fruto dos rendimentos da própria família que, como dito, centralizava seus pagamentos na conta do sr. Fabrício”, diz a nota enviada nesta manhã pelo advogado.

Rachadinhas. Fabrício Queiroz foi um dos alvos de operação de busca e apreensões decretadas pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau no inquérito que apura suposto esquema de ‘rachadinha’ no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Segundo a promotoria, Queiroz ficava responsável por recolher parte do salário de servidores.