Barcas  - Alexandre Brum
Barcas Alexandre Brum
Por O Dia
Rio - O presidente da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, deputado Dionísio Lins, encaminhou, na manhã desta terça-feira, um requerimento de informações ao secretário estadual de Transportes, Delmo Manoel Pinho e ao presidente da Agetransp, Murilo Leal, onde pede que a empresa mostre os motivos que levaram às mudanças da nova grade de horários das barcas realizadas sem consulta prévia a agência reguladora nas linhas de Cocotá, Araribóia e Paquetá, o que consequentemente trará transtorno aos moradores das regiões.
Dionísio recebe, nesta quarta-feira (8), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), representantes de moradores e comerciantes da Ilha de Paquetá que vão apresentar e discutir algumas soluções para viabilizar a situação.
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"Estamos pedindo um parecer da promotoria do Governo do Estado sobre essa decisão da CCR Barcas, já que essas mudanças vão atingir diretamente aos usuários que já tem seu dia a dia programado dentro dos horários existentes para irem ao trabalho, escola e tratamentos médicos. Queremos saber se foi realizado algum tipo de estudo técnico sobre o impacto que essa decisão causaria aos usuários, e caso afirmativo, que ele seja apresentado. Para se ter uma ideia, a barca de 8h que faz a linha Cocotá x Praça XV transporta diariamente, nesse horário, cerca de 600 pessoas. Isso sem falar dos moradores de Paquetá, que tem nas barcas seu único meio de locomoção. Isso é uma verdadeira covardia", explicou.
A comissão também está cobrando da CCR Barcas, o artigo do contrato de concessão ou seus termos aditivos, que prevê a redução do número de linhas e como está a situação atual do edital elaborado pelo governo anterior para a troca de concessionária. Dionísio questiona ainda como pode ser alegado crise financeira pela concessionária, se logo após assumir em 2012 o governo estadual autorizou um reajuste de tarifa de cerca de 60%.
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Ele lembra ainda que já tem agendada uma audiência pública para a primeira semana de fevereiro para cobrar um ajuste de conduta da concessionária para um melhor aproveitamento dos horários dessas linhas, bem como implementar melhorias na qualidade desse modal de transporte. Ele vai cobrar o uso de embarcações de menor porte nos horários onde o número de usuários é reduzido, evitando assim que a empresa possa alegar alto custo para transporte nesses horários.
"Infelizmente, devido ao recesso parlamentar, não podemos antecipar a audiência pública. Mas sinceramente não entendi essa posição da direção da CCR Barcas. Sabemos que o estado, assim como o país, atravessa um momento delicado em suas finanças; mas chega de querer levar vantagem sobre uma população que normalmente viaja em embarcações sujas é sem segurança", reforçou.