Mais da metade das obras já foram concluídas no Sambódromo, incluindo iluminação 
e fachada - fotos de Luciano Belford
Mais da metade das obras já foram concluídas no Sambódromo, incluindo iluminação e fachadafotos de Luciano Belford
Por Luana Dandara

Iniciadas há cerca de dois meses, as obras no Sambódromo prometeram ser entregues pela Riotur até o dia 10 de fevereiro. De acordo com a pasta, o cronograma não atrapalhá a realização dos ensaios técnicos, que enfrentam dificuldades pelo terceiro ano consecutivo. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) ainda não definiu se o evento de preparação acontecerá, por conta de patrocínio e pela própria reforma.

"Com o Sambódromo em obras, vamos aguardar uma reunião com a Riotur para um posicionamento oficial. Essas datas nos preocupam, porque é preciso um planejamento", afirmou Jorge Castanheira, presidente da liga. "Inicialmente, definimos a data de 26 de janeiro para que os ensaios comecem e contemplem todas as escolas. Mas ainda não sabemos como seria a viabilidade com as obras acontecendo", acrescentou ele.

Por meio da assessoria, a Riotur destacou que o local estará disponível para a Liesa realizar os ensaios técnicos, que são gratuitos ao público. "Os ensaios não utilizam toda a estrutura. Não comprometeria o fim das obras", informou.

O órgão adiantou que mais da metade do projeto, com melhorias em iluminação, estrutura e segurança, foi concluído. "A reforma está dentro do cronograma. Já estão adiantadas a recuperação da fachada, construção dos degraus de acesso às arquibancadas, troca de iluminação, entre outros. A maior dificuldade é em relação às medidas de incêndio, pois o Corpo de Bombeiros ainda não deu o aval". A verba, de R$ 8,1 milhões, foi liberada pelo Ministério do Turismo.

A Liesa, por sua vez, busca apoio de empresas privadas para realizar os ensaios. Em 2018, o evento não aconteceu. No ano passado, foi confirmado menos de um mês antes do Carnaval. "Temos uma empresa interessada em patrocinar, mas não cobre nem de longe o orçamento, estimado em R$ 3,5 milhões. Mas é primeiro preciso definir com a Riotur se os ensaios serão viáveis", ponderou Castanheira. Ainda está programado o teste de luz e som na Sapucaí, no dia 16 de fevereiro com a Mangueira, caso as obras fiquem prontas nesse tempo.

Estado acena com verbas de ICMS

Ontem, todos os presidentes das agremiações do Grupo Especial se reuniram com o vice-governador, Cláudio Castro, no Palácio Guanabara. Mas o encontro, de grandes expectativas por anúncios de patrocínio, se tratou de mera formalidade.

Segundo o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, o Estado do Rio prometeu que, no momento, vai focar em viabilizar R$ 1,5 milhão para cada escola do Especial, além de R$ 1 milhão para as escolas mirins, por meio da Lei de ICMS. A Light e a Souza Cruz já se mostraram interessadas no patrocínio da festa.

"O vice-governador prometeu uma posição até o dia 30 para as escolas. Estamos aguardando, porque está caótica a situação", disse Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca. Este ano, os desfiles do Carnaval acontecem a partir de 21 de fevereiro.

PM analisa recurso do Bloco da Favorita

A Secretaria da Polícia Militar informou ontem que ainda analisa recurso do Bloco da Favorita para desfilar domingo, na abertura oficial do Carnaval, no palco da Praia de Copacabana.

O requerimento inicial foi indeferido por não cumprir a entrega de documentação com 70 dias de antecedência.
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Caso o bloco, que prevê participações de artistas como Sandra de Sá, não seja liberado, a Riotur não cogita cancelar o evento de abertura oficial do Carnaval, nem substituir a atração.
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"A CS Eventos, responsável pela Favorita, está patrocinando o evento, então não há possibilidade de outro bloco se apresentar. Estamos apostando que dê tudo certo", informou a assessoria de imprensa da Riotur, reforçando que a escolha da Corte Real, no palco que serviu ao Réveillon de Copacabana, acontecerá de qualquer jeito.
 
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