Empresário baleado em São Gonçalo perde a visão de um olho e pode ficar totalmente cego
Tiro que atingiu Paulo Alves Cardoso entrou pelo seu olho esquerdo e saiu pelo direito, fazendo com que ele perdesse o globo ocular do primeiro
Rio - O empresário baleado durante uma tentativa de assalto na Rodovia Niterói-Manilha (BR-101) na tarde desta terça-feira, perdeu a visão de um olho e pode ficar totalmente cego. De acordo com a filha, Paulo Alves Cardoso, de 67 anos, fazia o trajeto da Região dos Lagos, onde os dois moram, para o Rio pela via pelo menos uma vez por semana por causa de um tratamento médico. No entanto, ela disse que o empresário tinha "trauma" da região.
"Eu tenho uma endometriose profunda e como na Região dos Lagos não há esse tipo de especialista para fazer o tratamento, faço o acompanhamento médico no Rio", contou a técnica de Enfermagem Ana Paula Almeida, 42. Ela mora em Búzios e o pai em Rio das Ostras.
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A tentativa de assalto contra pai e filha aconteceu na altura de Itaúna, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do estado. Os dois voltavam de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em um Toyota Hilux, por volta das 13h, quando foram fechados por criminosos armados que estavam em outro carro, de cor preta.
"Dois homens saíram do veículo, apontaram a arma para a gente e anunciaram o assalto. Acho que meu pai ficou nervoso e colocou o pé no freio rapidamente, fazendo com que o carro desse um tranco. Foi nessa hora que os bandidos atiraram na cabeça dele e fugiram", a técnica de Enfermagem lembrou.
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Paulo foi levado ao Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, onde passou o dia em cirurgia. Ainda segundo a filha, a bala que atingiu o pai entrou pelo seu olho esquerdo e saiu pelo direito, fazendo com que ele perdesse o globo ocular do primeiro.
"Os médicos disseram que o olho direito não está respondendo aos estímulos. Por causa da gravidade do trauma, eles não têm como dar um parecer total agora, mas pelo menos conseguiram manter o outro globo. A região está com uma hemorragia grande", avisou Ana Paula.
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A técnica de Enfermagem disse que o pai está sendo acompanhado a todo o momento pelos médicos, que avaliam a situação. Ela torce para que ele fique com pelo menos parte da visão do olho direito.
ROTINA DE MEDO
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A viagem entre a Região dos Lagos e o Rio pela Niterói-Manilha até então é feita pelo empresário e pela filha pelo menos uma vez por semana. Ana Paula contou que o pai não gostava de dirigir pelo trajeto, mas que o fazia por causa do tratamento dela.
"A gente estava vindo para o Rio semanalmente, no máximo de 15 em 15 dias, para eu fazer exames e o acompanhamento. É uma necessidade", resumiu, dizendo que desde ontem ela está na casa de parantes que a família que tem no município vizinho de Maricá.
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Ainda segundo a técnica de Enfermagem, o pai dirigia receoso porque há pouco tempo presenciou um arrastão também na Niterói-Manilha.
"A gente ficou muito traumatizado com isso tudo. Quem vai adivinhar que na BR, uma e pouca da tarde, ia acontecer uma coisa dessas? É filme de terror", lamentou.