Por Waleska Borges
Rio - O prefeito do Rio, Marcello Crivella, convocou a imprensa, na tarde desta quarta-feira, para uma coletiva, que na verdade, foi apenas um pronunciamento. O prefeito se limitou a falar superficialmente sobre a situação no setor de Saúde, sempre procurando fazer críticas à cobertura jornalística das Organizações Globo sobre o tema. Em dezembro, com salários atrasados, funcionários terceirizados das Organizações Sociais (OSs) cruzaram os braços.
Crivella, que não deixou os jornalistas fazerem perguntas, anunciou que pretende acabar com o sistema de gestão por OSs na Saúde, "só vai restar uma ou duas", acrescentou. Sem detalhar como será feita essa mudança, o prefeito disse que as unidades administradas pelas OSs passarão a ser geridas pela Empresa Pública de Saúde. "Não vamos precisar pagar taxa de administração. Só com isso vamos fazer uma economia de mais de R$ 100 milhões por ano", comentou.
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De acordo com o prefeito, atualmente, são destinados cerca de R$ 5 bilhões para saúde do município, deste total, cerca de R$ 2 bilhões são gastos apenas com as OSs. O prefeito fez questão de falar que gasta com a pasta mais do que os 15% da receita corrente líquida do município, uma exigência da Constituição Federal.
Durante o seu pronunciamento, Crivella apresentou números de atendimentos entre os meses de novembro e dezembro. Segundo ele, foram realizadas 90 mil atendimentos, 11 mil internações, 18 mil tomografias e 4 mil cirurgias. "Noticiaram de maneira mentirosa uma crise na saúde colocando em risco a vida das pessoas", argumentou.
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