Na União da Ilha, cena de violência: ônibus lotado e pedido de socorro escrito no vidro faz referência ao sequestro do ônibus 174 - Luciano Belford
Na União da Ilha, cena de violência: ônibus lotado e pedido de socorro escrito no vidro faz referência ao sequestro do ônibus 174Luciano Belford
Por O Dia

A intolerância religiosa e a crítica social deram o tom dos desfiles de algumas escolas no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial na Sapucaí. Com enredo sobre Jesus Cristo, 'A Verdade Vos Fará Livre', a Mangueira levou para a Avenida um grupo de 20 representantes de diferentes religiões. "Esse enredo é uma ode à liberdade. O Jesus que a Mangueira levou para a Avenida é o Jesus da gente", disse o babalaô Ivanir dos Santos.

Além da escultura de um jovem negro crucificado, no mesmo carro que foliões representando mulheres e LGBTs também na cruz, a Verde e Rosa apresentou uma comissão de frente em que Jesus aparecia de tênis, vestindo jeans e carregando celular. Na encenação da Santa Ceia, Cristo e os apóstolos são vítimas da opressão policial.

Ao contar a história de Joãozinho da Gomeia, pai de santo baiano e homossexual, a Grande Rio também pediu um basta à intolerância e exaltou a diversidade. A comissão de frente reuniu dançarinos representando os orixás Iansã e Oxóssi, que regiam o homenageado.

"É tão emocionante! A gente é tomado por uma energia maravilhosa", disse o bancário e umbandista João Marcello, da frisa, de onde cantava "Eu respeito o seu amém, você respeita o meu axé", versos do samba da escola.

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