
Rio - A segunda noite de desfiles do Grupo Especial foi marcada por muita leveza, bom-humor e equilíbrio na apresentação das agremiações. Diante das arquibancadas lotadas da Marquês de Sapucaí, Beija-Flor, Salgueiro e Vila Isabel fizeram bonito na Avenida e entraram na disputa pelo título do Carnaval 2020, juntando-se às favoritas Portela e Mangueira.
Com um enredo que abordou a evolução do homem e de seu caminhar desde os tempos mais primitivos, a Beija-Flor fez um dos desfiles mais exuberantes de segunda-feira. Além da imagem de um beija-flor no abre-alas, uma das maiores surpresas foi um carro com uma Nossa Senhora estilizada, que mais parecia uma torre dourada, representando um altar, em estilo barroco, em homenagem à Virgem Maria.
Apesar do luxo, a Azul e Branca de Nilópolis teve problemas com um carro logo no início do desfile e, na reta final, correu para não estourar o tempo estipulado: 70 minutos. "O nosso desfile foi tecnicamente perfeito. O que aconteceu foi que quisemos aproveitar cada minuto da apresentação para mostrar nosso trabalho", disse Gabriel David, um dos dirigentes da escola, filho do bicheiro e presidente de honra Anísio Abrahão David. "Certeza de que voltaremos no Desfile das Campeãs", completou.

CIRCO NA AVENIDA
O Salgueiro transformou a Sapucaí em picadeiro ao levar o universo do circo para a Passarela, contando a história de Benjamim de Oliveira, o primeiro palhaço negro do país. Com truques de ilusionismo, a comissão de frente ganhou aplausos do público e de jurados. Na última alegoria, uma homenagem ao Rei Negro do Picadeiro, um palhaço gigante em movimento chamava atenção. Apesar de linda, a escola também teve problemas, com buracos entre as alas durante o desfile.

Com o enredo 'Gigante pela própria natureza: Jaçanã e Um Índio Chamado Brasil', a Vila Isabel fez uma passagem pelos quatro cantos do país até Brasília, com assinatura do carnavalesco Edson Pereira. A comissão de frente e o carro abre-alas causaram impacto e foram muito aplaudidos pelo público.