Homem se afoga em Copacabana e família diz que grupo de guarda-vidas não prestou socorro imediato
Segundo a esposa de Michel Jonathan Gomes, bombeiros só entraram na água vinte minutos depois do afogamento. Corpo de Bombeiros afirma que houve resgate imediato
Rio - Familiares de Michel Jonathan Gomes dos Santos acusam guarda-vidas da Praia de Copacabana de terem negado socorro imediato após o homem de 30 anos se afogar, no fim da tarde de sábado (12), na altura do Posto 2. Yasmin dos Santos, a esposa, estava na praia e afirma ter notificado o posto de salvamento às 17h59. Mas segundo ela, os bombeiros disseram que Michel estava apenas 'nadando' e só entraram na água cerca de vinte minutos depois, às 18h18. Michel ainda não foi encontrado.
"Meu marido se afogou. A gente foi chamar os bombeiros e eles falaram que não tinha ninguém se afogando, que ele apenas estava nadando. Quando todo mundo (que estava na praia) começou a ir para cima deles eles entraram no mar, mas já era 18h18. Meu esposo tava se afogando desde às 17h59. Fizeram uma busca, não acharam e falaram para a gente voltar hoje (domingo) de manhã. Agora, disseram que vão fazer a última varredura e vai encerrar, depois só amanhã (segunda-feira). Acho que eles teriam que ficar até 18h, enquanto está de dia. É uma vida. Eles já negaram ajuda. Se eles trabalham para isso, têm que ajudar", afirma a esposa. "É porque não é a família deles. Meu esposo tem quatro filhos. Estou na base de remédios, não consegui dormir, não estou comendo".
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Em resposta, o Corpo de Bombeiros afirmou que "não procede a informação de não haver socorro imediato". Em nota, a corporação afirmou que "no sábado, às 18 horas, guarda-vidas do Posto 2 foram informados de que duas pessoas entraram no mar para nadar, mas apenas uma estava nadando de volta para a areia. Como não era possível visualizar qualquer vítima no mar e como não se sabia a localização de seu desaparecimento (não havia referencial), o procedimento adotado foi o acionamento de motos aquáticas para que fosse possível abranger uma maior área de cobertura. Na manhã deste domingo, as buscas foram retomadas com apoio de mergulhadores, motos aquáticas, guarda-vidas, bote e equipe terrestre".
Mês com muitos casos
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Este já é o quinto caso de desaparecimento nas praias e rios da Região Metropolitana desde o início de setembro. No dia 8, bombeiros encontraram o corpo do jovem João Carlos, de 14 anos, que havia desaparecido após mergulhar na Praia de Ipanema, quatro dias antes. Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o corpo de Guilherme Mendes, menino de 10 anos que se afogou no Rio Guandu, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros.
Na Zona Oeste do Rio, outros dois casos: na madrugada do dia 6, um militar do Exército identificado como Maxwell Soares da Silva, de 20 anos, desapareceu no mar após mergulhar na Praia da Barra da Tijuca. Na Praia do Perigoso, Douglas Santos, de 22 anos, desapareceu no mar na manhã de terça-feira (8).