Wagner Montes Filho fazendo o número 10 com as mãos - Divulgação
Wagner Montes Filho fazendo o número 10 com as mãosDivulgação
Por O Dia
A Rede Record foi proibida pela Justiça Eleitoral de fazer propaganda subliminar para o prefeito Marcelo Crivella. Além de ser candidato à reeleição da capital do Rio de Janeiro, Crivella é sobrinho do dono da emissora, o bispo Edir Macedo. A Record estava veiculando em sua programação o número recentemente divulgado de Whatsapp (21) 96500-1010, ou qualquer outro número com o mesmo final.
De acordo com a notícia de irregularidade ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral, a divulgação do número telefônico com final 10 estaria sendo utilizado de forma reiterada como propaganda subliminar, remetendo ao número de Crivella nas urnas. Ao divulgar o telefone, os apresentadores abrem todos os dedos das duas mãos e fracionam o final do telefone, para repetir: “Dez, dez”.
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A juíza Luciana Mocco entende que o gesto dos apresentadores fazem referência dissimulada à candidatura à reeleição do prefeito. Mesmo sem pedido explícito de votos, a forma como vem sendo feita a divulgação do telefone configuraria uso indevido dos meios de comunicação. "As emissoras de televisão devem se manter isentas durante todo o pleito eleitoral, já que prestadoras de serviço público em regime de concessão ou permissão", afirmou a juíza.
A magistrada determinou que os apresentadores e funcionários devem se abster, seja através da mensagem oral ou gestual, de veicular propaganda subliminar através do número 10 em sua programação diária de televisão, até o final da eleição municipal de 2020, sob pena de incorrerem no crime de desobediência.
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O prefeito Marcelo Crivella foi intimado, nesta quarta-feira (7), para que se manifeste sobre a propaganda indireta no prazo de 48 horas. Na intimação eletrônica à emissora, a juíza Luciana Mocco determina ainda que se comprove a divulgação de outro número de contato nas redes sociais da emissora, o que deve ser cumprido até esta quinta-feira (8).
Em nota, a Campanha de Marcelo Crivella afirmou que "ainda não foi notificada e que caso seja, responderá a todos os questionamentos no prazo legal".