Animais ficam separados por tapumes, o que não os impede de conviver com barulhos e poeira das obras - Comissão de Saúde Animal/Divulgação
Animais ficam separados por tapumes, o que não os impede de conviver com barulhos e poeira das obrasComissão de Saúde Animal/Divulgação
Por Carolina Freitas
Rio - O vereador e presidente da Comissão de Saúde Animal da Câmara do Rio de Janeiro, Dr. Marcos Paulo, denunciou, na última semana, que animais do zoológico do Rio de Janeiro, o Bioparque, estão vivendo "encaixotados" e com barulhos de obras constantes há dois anos. De acordo com ele, no dia 1 de outubro foi realizada uma vistoria surpresa no local junto com o biólogo Frank Alarcón, do Instituto Luisa Mell.
"Caminhamos mais de quatro horas pelo zoológico conferindo a situação dos animais e das obras. Ainda há muitas intervenções a serem feitas, muitos recintos inacabados e muitos animais seguem "encaixotados", confinados em celas mínimas e isoladas por enormes placas de alumínio. As serras elétricas e os tratores operam o dia inteiro ao lado deles. Apesar do acompanhamento do Ibama, não há como negar que a situação é insalubre para muitos ali. As chapas de alumínio instaladas nas celas não deixam que eles vejam o mundo exterior, mas não impedem que a fumaça e os ruídos da obra os estressem", disse Marcos.
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Animais ficam ao lado materiais como areia, pedra etc Comissão de Saúde Animal/Divulgação
Obra que acontecem no local, que era para ter sido acabada em 2018 Comissão de Saúde Animal / Divulgação
O presidente da Comissão de Saúde Animal informou ainda que conversou com Manoel Browne, diretor geral do zoológico que garantiu que o nível de estresse dos animais é monitorado diariamente e que, em caso de qualquer alteração, as obras são paralisadas. Além disso, a nova previsão de entrega do parque, com uma nova configuração, com ambientes amplos e o conceito de confinamento inverso, é janeiro de 2021.
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"Infelizmente o zoológico continua um grande canteiro de obras. Há ruídos muito altos e é tudo empoeirado. Colocaram tapumes para tentar isolar os animais do barulho e da poeira, mas não adianta. Eles estão confinados em espaços pequenos. Isso causa danos físicos e psicológicos a eles [animais]. A obra que era para acabar em outubro de 2018 está se arrastando até agora. Vamos ver se vai até janeiro mesmo", finaliza o Dr. Marcos.