Homem, apostado como chefe de quadrilha, é preso em Ipanema - Reprodução de vídeo
Homem, apostado como chefe de quadrilha, é preso em IpanemaReprodução de vídeo
Por O Dia
Um homem de ascendência alemã foi preso em flagrante por policiais da 13ª DP (Ipanema), nesta quinta-feira, acusado de tráfico de drogas. Identificado como Andreas Michael Leyendecker, de 60 anos, ele é  apontado como chefe de uma quadrilha que atua na Zona Sul da cidade, com faturamento estimado de R$ 500 mil por mês com a venda ilegal de entorpecentes.

O flagrante aconteceu no entorno da Rua Teixeira de Melo com Visconde de Pirajá, em Ipanema, após  denúncias de que três homens estariam efetuando a transação na localidade. Por lá, policias a paisana identificaram Andreas comercializando o produto. Com ele foi apreendido R$ 2.200,00 e dois aparelhos telefônicos. O alemão foi conduzido para sede da policia, em Copacabana.

Ainda de acordo com as investigações, o preso vendia drogas sintéticas nas redondezas de Copacabana e Ipanema e estava foragido na Comunidade do Cantagalo, também na Zona Sul. Acredita-se que ele seja um dos maiores revendedores de esctasy da redondeza, comercializando as drogas por meio de aplicativo de celular. De acordo com o delegado Felipe Santoro, titular da 13a DP (Ipanema), as investigações prosseguem para identificar a origem da droga traficada pelo alemão e se há outro estrangeiro no bando.

Crimes fora do país

Andreas é acusado também de participar de pelo menos dois roubos a carros fortes na Alemanha, em 1990 e em 2005, tendo sido extraditado, julgado e condenado no país europeu e depois retornado ao Brasil. Em 2010, ele também foi preso, no posto de imigração de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, pela Polícia  Federal. Na ocasião, ele era procurado pela Interpol e já tinha uma condenação na Justiça alemã pelo roubo de um carro forte que transportava 1 milhão de marcos.

Após o crime de 1990, ele fugiu para o Brasil, mas foi preso no Rio, em julho de 1992, e extraditado, em abril de 1993, para Alemanha, onde foi julgado e condenado pelo crime a cinco anos e três meses de prisão. Quinze meses depois ele fugiu. Já em março de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) decretou a prisão preventiva de Andreas para a extradição. Com informações de que ele poderia estar vivendo na Bolívia, a Polícia Federal passou a monitorar as fronteiras, até que, utilizando seu nome verdadeiro, Leyendecker, tentou entrar no país, através de Corumbá e acabou sendo preso.

Um ano depois, alegando ter duas filhas brasileiras e uma companheira no país, Andreas requereu a revogação da prisão e a Embaixada da República Federal da Alemanha declarou ter desistido de sua extradição, tendo o então ministro Dias Toffoli decretado seu alvará de soltura.