Novo nome do funk carioca, Tita se prepara para lançar segundo single  - Tom Duarte / Divulgação
Novo nome do funk carioca, Tita se prepara para lançar segundo single Tom Duarte / Divulgação
Por O Dia

Nascida em Brasília, no Distrito Federal e criada no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste, Tita, nome artístico de Sylvia Letícia, fazia qualquer objeto virar microfone quando criança. A jovem, que hoje tem 24 anos, carrega o nome artístico que nasceu de um apelido de infância e se divide entre a faculdade de Terapia Ocupacional e o sonho de ser uma cantora de funk reconhecida, não somente por suas músicas, mas também por suas ações.

"Sabe a importância que a Beyoncé e Rihanna possuem, não só na música, mas nas ações que realizam? Eu quero conquistar isso. Poder fazer mais pela população, pelas mulheres, pelo povo preto e pelas crianças", conta.

Voltada para o empoderamento feminino e preto, Tita se prepara para lançar, amanhã, a faixa Empoderada Check nas plataformas de streaming. Além disso, quinta-feira a música ganha clipe oficial no canal do YouTube que leva seu nome. A cantora quer mostrar no single que mulheres podem "pegar" quem quiserem, sem necessariamente se apegar. A artista idealizou, produziu e investiu por conta própria no projeto. "Um amigo da família cedeu a casa de praia dele para a filmagem, chamei uns amigos para participarem do clipe, o rapaz que filmou e dirigiu eu contratei e também é um amigo", detalha ela.

A funkeira, que já tem a faixa No 150 lançada, conta com o apoio da mãe, que sempre esteve ao seu lado, sendo sua melhor amiga, incentivando e apoiando seus projetos. "Minha mãe me apoia incondicionalmente, posso sempre contar com ela. Ela está sempre comigo, sempre ao meu lado", relata Tita.

Além da música, a funkeira tem a dança como sua outra grande paixão. E, além das inspirações internacionais, também carrega referências como Furacão 2000, Perlla, Claudinho e Buchecha, MC Sapão, Os Hawaianos, Tati Quebra Barraco e as cantoras de rap Karol Conká e MC Soffia, que são conhecidas pelas letras voltadas para a ascensão feminina e negra.

Filha única, Tita desde pequena gostou de cantar, dançar e tocar instrumentos. Ela estudou balé e fez parte de um coral na escola onde estudava e na igreja que frequentava. Mas, no início da pré-adolescência, enfrentou vários problemas de saúde e precisou abandonar a dança por conta entorse grave no tornozelo, que quase rompeu um ligamento. Tita não podia nem colocar o pé no chão. Foram meses de gesso e fisioterapia, acabando por se dedicar apenas ao canto coral.

Quando tudo parecia bem, outro problema ainda mais grave apareceu, a jovem ficou um ano sem realizar movimentos e sentir seus membros inferiores, o que deixou ela ainda mais longe das coisas que mais gostava novamente, incluindo o canto coral.

"Começou com uma tontura, dor de cabeça e fraqueza. Fiquei tendo internações, realizando exames… A fisioterapia foi necessária, primeiro para não atrofiar os músculos e, depois, para reaprender a andar. Foi pensado que poderia ser por conta de coágulos que possuo no cérebro, mas foi constatado que são muito antigos e não tiveram nenhum movimento, nenhum sinal que indicaria que fossem eles. Essa parte ainda é um mistério, clinicamente falando", detalha.

Hoje, a artista, que é estudante de Terapia Ocupacional no IFRJ Realengo, não faz mais fisioterapia, mas tem uma pequena diferença de sensibilidade entre lado direito e esquerdo do corpo, que pode ter sido sequela assim como a miopia. Porém, nada que necessite de uma atenção maior ou atrapalhe no dia a dia.

Depois de todos os obstáculos que a brasiliense precisou superar, ela ressurge com força total na luta para alcançar seus objetivos artísticos e finalmente se tornar a cantora que sempre sonhou.

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