Relator Waldeck Carneiro (PT) profere voto na manhã desta sexta-feira - Reprodução
Relator Waldeck Carneiro (PT) profere voto na manhã desta sexta-feiraReprodução
Por O Dia
Rio - O relator do Tribunal Misto de impeachment do governador afastado Wilson Witzel, Waldeck Carneiro (PT), aceitou em seu voto, no fim da manhã desta sexta-feira, as testemunhas requeridas pela acusação e pela defesa do ex-juiz federal. O deputado incluiu outras oito testemunhas a serem ouvidas. Confira relação abaixo.  
O tribunal, agora, decide se acompa o voto ou o modifica. Em seu voto, o relator negou o pedido de Witzel para produção de provas contábeis e de engenharia para avaliar irregularidades nos contratos com as organizaçõs sociais.
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Acompanhe os votos:
Desembargador José Carlos Maldonado - Acompanha integralmente o relator

Deputado Carlos Macedo (Republicanos) - Acompanha integralmente o relator

Desembargador Fernando Foch - Acompanha integralmente o relator

Deputado Chico Machado (PSD) - Acompanha integralmente o relator

Desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves - Acompanha parcialmente o relator, aceita todas as testemunhas, e também aceita 
prova pericial sobre superfaturamento de respiradores, que Waldeck negou

Deputado Alexandre Freitas (Novo) - Acompanha integralmente o relator

Desembargadora Inês da Trindade Chaves de Melo - Acompanha parcialmente o relator, aceita todas as testemunhas, e também aceita prova pericial sobre superfaturamento de respiradores, que Waldeck negou
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Deputada Dani Monteiro (Psol) - Acompanha parcialmente o relator, aceita todas as testemunhas e também todas as provas solicitadas pela defesa
Desembargadora Maria da Glória Bandeira de Mello - Acompanha parcialmente o relator, aceita testemunhas, também aceita provas contábeis solicitada pela defesa e aceita prova pericial sobre superfaturamento de respiradores
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Está reunido, desde as 11h desta sexta-feira, o tribunal misto de julgamento do processo de impeachment contra o governador afastado Wilson Witzel no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Os deputados e desembargadores decidem quais testemunhas serão ouvidas no processo. Defesa e acusação pedem que 17 pessoas prestem depoimento, além do próprio governador afastado.
Waldeck incluiu as seguintes testemunhas ao processo:
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a) Nelson Roberto Bornier de Oliveira, ex-prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado federal. Suspeiro de ligação com a Organização Social de Saúde Instituto Unir Saúde (OSS Unir Saúde), cogitando-se inclusive a possibilidade de que ele exerça algum nível de comando sobre a entidade;

b) Mario Pereira Marques Neto, ex-subsecretário de Comunicação da Secretaria da Casa Civil do Rio: apontado pela Defesa como o "Mario" citado em conversas telefônicas interceptadas durante as investigações, em contraponto à ideia de que o “Mario” em questão seria Mario Peixoto.
c) Edson da Silva Torres, empresário apontado como “operador” financeiro do Partido Social Cristão, ligado ao Pastor Everaldo
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d) Gustavo Borges da Silva, ex-superintendente de Logística, Suprimento e Patrimônio e ex-subsecretário Executivo interino da Secretaria de
Saúde do Rio
e) Carlos Frederico Verçosa Duboc, ex-superintendente de Orçamento e Finanças da Secretaria de Saúde do Rio, preso na Operação
“Mercadores do Caos”
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f) Maria Ozana Gomes, ex-superintendente de Compras e Licitações da Subsecretaria Executiva da Secretaria Saúde do Rio
g) Mariana Tomasi Scardua, ex-subsecretária de Gestão da Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Saúde do Rio
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h) Bruno José da Costa Kopke Ribeiro, maior doador de campanha e diretor da Unir Saúde
Além de Waldeck, fazem parte do tribunal os deputados Alexandre Freitas (Novo), Chico Machado (PSD), Carlos Macedo (Republicanos) e Dani Monteiro (PSOL). Os desembargadores são Fernando Foch de Lemos, Inês da Trindade Chaves de Melo, José Carlos Maldonado, Maria da Glória Oliveira Bandeira de Mello e Teresa de Andrade Castro Neves. O grupo é presidido pelo desembargador Cláudio de Mello Tavares, presidente do Tribunal de Justiça do Rio.
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Entre os nomes sugeridos pela acusação para prestarem depoimentos estão o presidente do PSC, Pastor Everaldo, e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, presos no dia 28 de agosto, durante a operação Tris in Idem, do Ministério Público Federal (MPF).

Witzel pede em sua defesa o depoimento de 13 pessoas, a maioria ligada a organizações sociais, como o empresário Mário Peixoto. A defesa também pede perícias contábeis e de engenharia para avaliar irregularidades nos contratos com as organizaçõs sociais. Witzel nega as acusações de contratações fraudulentas com as OSs.
O relator aceitou o pedido da acusação para que o inteiro teor dos depoimentos de colaboração premiada de Edmar Santos e Edson Torres seja incluído no processo.  
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O autor do pedido de impeachment, deputado Luiz Paulo (sem partido), solicitou no dia 11 de novembro que sete pessoas fossem ouvidas. Entre elas, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos. Luiz Paulo também quer que o tribunal misto solicite ao MPF o inteiro teor das delações de Edmar e do empresário Edson Torres. Witzel também quer que Edmar seja ouvido.