O agente da Civil sofreu o atentado com pelo menos 20 disparos quando chegava em sua residência, em abril deste ano. No entanto, apenas um dos tiros o feriu. "Ele milagrosamente saiu do carro pela porta do carona. Foi alvejado com um tiro na perna, mas conseguiu se recuperar", contou o delegado Rodrigo Barros, titular da 39 DP, em coletiva nesta manhã.
De acordo com o delegado, a tentativa de homicídio foi planejada por pelo menos dois meses e os três autores dos disparos eram policiais militares.
Os seis envolvidos diretamente na tentativa de homicídio contra o inspetor foram denunciados pelo MPRJ e tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça. São eles:
Cabo Mauro Simões de Castro (7ºBPM);
Sargento Fagner Alves da Silva (7ºBPM);
Sargento Joamilton Tomaz Ribeiro (7º BPM);
Cabo Euclydes José do Prado Filho (BPVE);
Sérgio Leonardo dos Santos Antônio, que é informante do grupo.
Além das prisões, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, sendo 13 contra PMs. Entre os policiais, constam dois oficiais da corporação. "Os dois oficiais foram denunciados, mas não foram indiciados. Eles não foram presos porque não há indícios de justa causa para uma prisão preventiva", explicou o delegado Rodrigo Barros.
Além disso, foram apreendidas três armas na operação Todos Por Um. Segundo a Polícia Civil e o MPRJ, uma delas pode ser a usada no crime. "Concretamente o grupo só tinha um alvo, mas o ataque pode ser entendido como um recado para parar a investigação. Mas nosso recado também foi dado porque eles tão presos", disse Carmen Eliza Carvalho, do MPRJ.